A eliminação do Vasco da Copa do Brasil é um resultado que pode ser explicado por uma série de erros cometidos pelo clube ao longo da temporada. Desde a montagem do elenco até as decisões tomadas dentro e fora de campo, tudo contribuiu para a saída do time da competição.
Montagem do elenco: um início errado
A montagem do elenco para a temporada 2024 foi um dos primeiros erros cometidos pelo Vasco. Com 10 contratações e um investimento de quase R$ 130 milhões, o clube não conseguiu preencher as lacunas do elenco. O objetivo da 777 Partners era chegar às oitavas de final, mas o investimento poderia ter sido melhor utilizado para contratar jogadores de mais qualidade.
Falta de zagueiro: um problema crônico
O principal objetivo do Vasco na segunda janela foi a contratação de um zagueiro, mas o clube falhou em fechar com um jogador. A diretoria negociou com vários nomes, mas não conseguiu trazer ninguém. A zaga tem sido um grande problema para o time na temporada, com Maicon e Léo revezando a titularidade, mas não conseguindo se firmar.
A falta de um zagueiro experiente e de qualidade contribuiu para os erros dentro de campo na semifinal. No jogo de ida, Léo falhou nos dois gols do Atlético-MG, que virou pra cima do Vasco. A culpa de Léo é dividida com Puma Rodríguez, que foi improvisado na ponta direita nos dois jogos das semifinais.
Falta de um substituto à altura para Adson
O Vasco perdeu seus dois pontas titulares por lesão, e a diretoria se movimentou para encontrar um substituto para Adson. O escolhido foi Maxime Dominguez, comprado do Gil Vicente, de Portugal, por 2 milhões de euros. No entanto, o suíço não foi considerado para as duas partidas contra o Atlético-MG, o que indica que a reposição para Adson não funcionou.
Substituições no jogo da volta: um erro estratégico
Rafael Paiva teve sucesso na estratégia pensada para o jogo de volta, e o Vasco dominou o Atlético-MG em São Januário. No entanto, as substituições não funcionaram no segundo tempo. Philippe Coutinho, visivelmente cansado e caminhando em campo, não foi substituído. Hugo Moura, que perseguiu Paulinho pra todo lado, deu lugar a Sforza, que não tem a mesma pegada na marcação.
Rayan entrou na ponta esquerda, que não é sua posição de origem, e Rossi foi acionado depois de três meses sem jogar e ter sido tratado como fora dos planos do clube. As escolhas, obviamente, podem ser explicadas pelos erros na montagem do elenco. No fim, faltaram opções ao Vasco. A verdade é que ninguém no banco de reservas poderia fazer grande diferença.
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