O Tricolor Paulista atravessa um dos seus piores momentos em 2025, culminando na derrota para o arquirrival Corinthians por 3 a 1 na Neo Química Arena. A má fase, que se arrasta ao longo da temporada, tem gerado intensas críticas por parte de comentaristas e torcedores, que apontam para uma série de falhas na gestão e no planejamento esportivo do clube. A situação atual levanta sérias questões sobre as contratações realizadas e a necessidade urgente de mudanças para reverter o cenário preocupante.
O Apelo por Reforços e as Críticas à Diretoria
A insatisfação com o desempenho do São Paulo em 2025 é palpável, e as análises sobre as causas da crise têm se intensificado. Em um programa esportivo de grande audiência, um conhecido comentarista não poupou palavras ao desferir críticas contundentes à diretoria do clube. A sua revolta se estende à falta de organização e ao desrespeito percebido com a torcida, que tem presenciado um ano repleto de frustrações. Segundo ele, a responsabilidade recai diretamente sobre aqueles que foram encarregados de realizar as contratações ao longo do ano. O comentarista questionou a capacidade de alguns atletas em vestir a camisa de um clube com a grandeza do São Paulo, sinalizando que o nível das contratações está aquém do esperado e necessário.
As declarações foram ainda mais incisivas ao abordar a situação do técnico Hernán Crespo. O comentarista relembrou que o treinador havia solicitado a contratação de um meia e um centroavante, posições cruciais para o esquema de jogo. No entanto, ele fez questão de ressaltar que, em momentos anteriores, Crespo expressara contentamento com o elenco que possuía. Essa aparente contradição levantou dúvidas sobre a real necessidade dessas novas peças ou se houve uma mudança de perspectiva motivada pelos resultados negativos. Além disso, a ausência de maiores oportunidades para os jovens talentos das categorias de base também foi um ponto de questionamento, indicando que o clube poderia estar subutilizando seu próprio potencial.
Crespo Exige Novos Rostos para 2026 e o Cenário Financeiro Desafiador
Diante do resultado desfavorável no clássico contra o Corinthians, o técnico Hernán Crespo reforçou a necessidade de novas peças no elenco para a temporada de 2026. O treinador argentino explicitou que faltam jogadores para posições específicas, como um armador (camisa 10) e um atacante de área (centroavante), além de outras carências que se tornaram evidentes ao longo da campanha. Crespo lamentou as circunstâncias que impediram a chegada ou a permanência de jogadores importantes, citando o caso de Lucas Moura. Ele revelou que o atacante, apesar de ter demonstrado grande vontade em retornar ao clube e atuou mesmo lidando com dores no joelho, não conseguiu atingir o nível físico ideal para contribuir de forma efetiva. Essa situação, segundo o treinador, evidencia as dificuldades em manter a força do elenco devido a imprevistos médicos e a impossibilidade de concretizar contratações que pudessem suprir essas lacunas.
Contudo, a perspectiva de grandes reforços para o próximo ano esbarra em uma realidade financeira delicada. Muricy Ramalho, coordenador de futebol do São Paulo, já sinalizou que o clube enfrentará obstáculos consideráveis no mercado de transferências. A expectativa é de que o Tricolor não tenha condições de realizar contratações de vulto, o que pode limitar ainda mais as opções para Crespo montar um time competitivo para 2026. Essa limitação financeira é um reflexo dos problemas econômicos que o clube tem enfrentado, e que se somam às dificuldades em campo.
O Inverno de Dificuldades do São Paulo em 2025
O ano de 2025 tem se configurado como um período de pesadelos para o São Paulo, com uma sequência de problemas que têm afetado o clube em diversas frentes. A situação financeira é particularmente alarmante, com o Tricolor acumulando um passivo que se aproxima da marca de R$ 1 bilhão. Essa dívida expressiva representa um entrave significativo para qualquer plano de recuperação e investimento em novas contratações ou em melhorias estruturais. A gestão financeira tem sido um dos pontos mais criticados, e a busca por soluções sustentáveis para sanar esse débito se mostra como um desafio hercúleo.
Outro aspecto que tem colaborado para o momento turbulento é a quantidade alarmante de jogadores entregues ao departamento médico. Atualmente, a enfermaria do clube abriga 14 atletas, um número que desfalca o elenco em momentos cruciais da temporada. Entre os nomes que figuram nessa lista, estão estrelas como Lucas Moura e Oscar, cujas ausências são sentidas de forma notória em campo. Essa fragilidade no elenco, somada à falta de opções de qualidade no banco de reservas, tem comprometido o rendimento da equipe em todas as competações que disputa.
No aspecto esportivo, os resultados têm sido igualmente decepcionantes. Na Copa Libertadores da América, o São Paulo foi eliminado nas quartas de final pela LDU, em uma campanha que gerou grandes expectativas e terminou em frustração. Na Copa do Brasil, a queda ocorreu nas oitavas de final, diante do Athletico Paranaense, demonstrando a dificuldade do time em avançar em torneios de mata-mata. No Campeonato Brasileiro Betano, a performance tem sido modesta, com a equipe ocupando uma posição intermediária na tabela e sem apresentar grandes perspectivas de brigar por títulos ou por vagas em competições continentais de maior prestígio. Essa combinação de fatores – crise financeira, lesões recorrentes e resultados insatisfatórios – pintam um quadro sombrio para o futuro próximo do clube, exigindo ações imediatas e eficazes para reverter a trajetória negativa.

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