A temporada de 2025 tem se mostrado um verdadeiro pesadelo para o São Paulo Futebol Clube, não pelo desempenho em campo, mas pela impressionante quantidade de jogadores que têm passado pelo departamento médico. O Tricolor paulista atingiu a marca alarmante de 70 atletas lesionados ao longo do ano, um número que assombra o técnico Hernán Crespo e a diretoria, evidenciando uma crise sem precedentes recentes no clube. A situação é tão crítica que, em determinados momentos, o time conviveu com a ausência simultânea de 13 a 14 jogadores, configurando um cenário de “esquadrão” de baixas.
A Crise de Lesões no Tricolor Paulista: Um Panorama Alarmante
Analisando o histórico recente do futebol brasileiro, poucas vezes um clube enfrentou uma maré de lesões tão prolongada e numerosa quanto o São Paulo em 2025. O número de 70 desfalques por problemas físicos é assustador e supera outras adversidades já vistas. Para se ter uma dimensão da gravidade, o Botafogo, em 2022, registrou cerca de 66 lesões ao longo da temporada, um número que já era considerado um pico negativo. Relatos até indicam que o clube carioca chegou a registrar 78 casos clínicos naquele ano, superando a marca atual do São Paulo, mas em um contexto de diferentes tipos de afastamentos. Ainda naquele ano, o Corinthians somou 64 baixas médicas, e até mesmo equipes com menor investimento, como o Avaí, acumularam 62 lesões em 2022. Portanto, o patamar de 60 a 66 lesões era amplamente considerado o limite extremo de problemas físicos em um único clube em uma temporada. A marca de mais de 70 lesões do São Paulo em 2025, sem dúvida, rompe essa barreira e estabelece um novo e preocupante recorde negativo.
O Impacto de Múltiplas Ausências Simultâneas: Um Desafio Inédito
A gravidade da situação são-paulina não se resume ao número total de lesões ao longo da temporada. O que agrava o cenário é a persistência de um grande número de jogadores afastados ao mesmo tempo. Ter mais de 13 atletas indisponíveis simultaneamente é um evento extremamente raro no futebol moderno. Mesmo em crises recentes, como a do Grêmio no início de 2023, que chegou a ter 13 jogadores fora de combate ao mesmo tempo, a situação já era considerada crítica. É difícil encontrar em memória recente outros clubes brasileiros que tenham efetivamente comprovado a ausência de um “time inteiro” de jogadores de forma simultânea. Esse alto índice de desfalques consecutivos e em grande volume impõe um desafio colossal para o trabalho de Hernán Crespo, que se vê obrigado a reinventar o time constantemente, lidando com jogadores com diferentes tempos de recuperação e adaptação.
Paralelos Internacionais: A Crise do São Paulo se Destaca Globalmente
Ao olharmos para o cenário internacional, a crise de lesões do São Paulo em 2025 também se destaca, embora existam exemplos de departamentos médicos sobrecarregados em outros grandes clubes. O Tottenham Hotspur, da Inglaterra, vivenciou um período semelhante em 2025, chegando a ter 15 jogadores diferentes lesionados nos primeiros meses da temporada, com um total de 92 jogos perdidos por esses atletas. Em certo ponto, o clube londrino contava com aproximadamente dez desfalques simultaneamente. Na Espanha, o Barcelona também liderou a La Liga em número de lesões em uma campanha recente, com 14 jogadores afastados em determinado momento, somando 62 partidas perdidas. Até mesmo o poderoso Real Madrid, na temporada 2024/25, enfrentou um cenário de departamento médico abarrotado, com 14 jogadores diferentes lesionados e 22 ocorrências registradas ao longo da temporada. No entanto, é crucial ressaltar que ultrapassar a marca de 13 lesionados simultâneos é algo verdadeiramente excepcional, mesmo no futebol mundial. Situações como essa são raras e demonstram a magnitude do problema enfrentado pelo Tricolor paulista.
Um Cenário de Elvis Dizimado: Poucos Paralelos na História Recente
Diante de todos esses dados e comparações, o São Paulo de 2025 se posiciona como um dos piores cenários já observados em termos de elenco dizimado por lesões. A raridade de paralelos em anos recentes, tanto no Brasil quanto no exterior, reforça a gravidade da situação. A combinação de mais de 70 casos de lesão ao longo da temporada com a presença simultânea de 13 a 14 jogadores no departamento médico cria um contexto desafiador e inédito para o clube. O impacto no desempenho esportivo, na rotatividade do elenco e na manutenção de um padrão de jogo é inegável. A gestão da crise, o trabalho do departamento médico e a capacidade de Hernán Crespo em contornar esses problemas serão cruciais para o restante da temporada do Tricolor paulista. A busca por soluções, seja na prevenção de lesões ou na recuperação rápida dos atletas, torna-se uma prioridade máxima.

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