A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, manifestou publicamente sua profunda insatisfação com o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) em relação aos julgamentos recentes, especialmente o caso do atacante Bruno Henrique, do Flamengo. A dirigente alviverde levantou questionamentos sobre a coerência e a equidade nas decisões do órgão, comparando a celeridade na punição de um jogador de seu clube com o adiamento recorrente do julgamento do atleta rubro-negro. Essa discrepância gerou um forte sentimento de injustiça e uma cobrança por tratamento isonômico no âmbito judicial do futebol brasileiro.
Leila Pereira Expõe Preocupações com Duplo Padrão no STJD
Leila Pereira, figura proeminente no cenário do futebol nacional e líder do Palmeiras, não poupou críticas ao STJD. Em um comunicado oficial divulgado após as sessões de julgamento desta segunda-feira, que envolveram o volante Allan, do próprio Palmeiras, e o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, a presidente deixou clara sua contrariedade. Ela ressaltou que, embora o Palmeiras preze pelo respeito às instituições desportivas, espera reciprocidade em termos de imparcialidade e transparência. A declaração da dirigente ecoou um sentimento de descrença em relação à justiça do processo, ao afirmar categoricamente: “O que está acontecendo não é justo”.
A principal tônica das declarações de Leila Pereira recaiu sobre a percepção de um tratamento diferenciado entre casos que, em sua visão, deveriam ser julgados sob os mesmos critérios. Ela utilizou o exemplo de Allan, jogador do Palmeiras, que, segundo a presidente, foi rapidamente punido com duas partidas de suspensão em um curto espaço de tempo. Em contrapartida, Bruno Henrique, do Flamengo, segue atuando normalmente há aproximadamente dois meses, mesmo com seu processo disciplinar ainda em andamento, aguardando uma definição que se arrasta.
Cobrança por Isonomia e Transparência nos Julgamentos
A dirigente palmeirense enfatizou a gritante diferença de postura do tribunal ao analisar os casos de Allan e Bruno Henrique. Para Leila, a agilidade na aplicação de uma sanção ao volante alviverde contrasta diretamente com a demora na resolução do caso do atacante do Flamengo. “Não queremos ser beneficiados, mas não aceitamos ser prejudicados”, declarou a presidente em um tom firme, sublinhando o desejo por um cenário onde as regras sejam aplicadas de forma equitativa a todos os clubes e atletas. A busca por isonomia tornou-se o cerne da sua manifestação.
Ademais, Leila Pereira fez questão de contextualizar a importância do momento para o Palmeiras. A equipe alviverde enfrenta uma semana crucial em suas competições, com a ausência de jogadores importantes devido à Data Fifa. Nesse cenário, a presidente argumentou que as indefinições e os adiamentos no STJD acabam por gerar um impacto direto na disputa do Brasileirão Betano, campeonato que, nas palavras dela, se configura como um dos mais acirrados dos últimos tempos. A falta de clareza nas decisões pode, inadvertidamente, influenciar o curso da competição, algo que a dirigente considera inaceitável.
A imagem de Bruno Henrique em ação pelo Flamengo, capturada por Jorge Rodrigues/AGIF, serve como um lembrete visual da situação em questão. O atacante, peça fundamental para o esquema tático do clube carioca, permanece à disposição de Tite, enquanto seu futuro no tribunal desportivo segue em suspenso, gerando apreensão e indignação por parte de outros clubes.
Adiamento do Julgamento de Bruno Henrique e o Futuro Incerto
O julgamento de Bruno Henrique, atacante do Flamengo, sofreu um novo adiamento. A sessão, que deveria definir o futuro disciplinar do jogador, foi postergada após o auditor Marco Aurélio Choy solicitar vistas do processo. O relator, Sérgio Furtado Filho, foi o único a apresentar seu voto até o momento, posicionando-se pela absolvição do atleta no artigo 243-A, que poderia acarretar em uma suspensão. Contudo, o relator optou pela aplicação de uma multa no valor de R$ 100 mil, com base no artigo 191.
Apesar de ainda não haver uma confirmação oficial sobre a nova data, a expectativa no meio desportivo é que a sessão de julgamento seja remarcada para esta quinta-feira ou sexta-feira. Enquanto a definição não chega, Bruno Henrique permanece à disposição da comissão técnica do Flamengo, que demonstra confiança em um desfecho positivo para o caso. Por outro lado, o Palmeiras, através de sua presidente, continua a expressar seu protesto e a clamar por maior transparência e celeridade por parte do STJD, visando um ambiente de maior previsibilidade e justiça no esporte.

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