O lateral-direito Igor Vinícius está prestes a alcançar um marco importante em sua carreira no São Paulo. Com quase seis anos no clube, ele está perto de completar 200 jogos pelo Tricolor. Em entrevista ao ge, Igor Vinícius refletiu sobre sua passagem pelo clube e como ele conseguiu se estabelecer como um dos principais jogadores da equipe.
Ao lembrar de sua estreia pelo São Paulo em janeiro de 2019, Igor Vinícius pareceu surpreso ao perceber que já tinha passado tanto tempo no clube. “Já são quase seis anos inteiros no clube… É muita coisa. Desde que cheguei, muitos passaram e poucos ficaram. Joguei com Pato, com grandes jogadores. Às vezes alguns passam, ficam uns seis meses, um ano e não conseguem seguir por mais tempo. Hoje só o Arboleda tem tanto tempo de casa. Fico feliz pela confiança da diretoria. Quando cheguei ao São Paulo, não imaginava que ficaria aqui por tanto tempo”, disse o lateral.
A confiança e a consistência
Igor Vinícius destacou que a confiança da diretoria e a consistência de sua atuação foram fundamentais para que ele se estabelecesse como um dos principais jogadores do São Paulo. “Cheguei ao São Paulo com 21 para 22 anos. Quando cheguei, eu sentia que eu podia atingir o nível do pessoal, mas eu ainda não estava nele. Às vezes eu desconfiava um pouco do meu futebol, então melhorei minha confiança no decorrer dos anos. Vim emprestado e já no meio do primeiro ano disseram que iam me comprar. Então eu coloquei na cabeça: ‘Eu mereço estar aqui, eu tenho futebol para isso'”.
O lateral-direito também destacou que a experiência de jogar com jogadores mais experientes, como Pato e Rafinha, foi fundamental para que ele aprendesse e crescesse como jogador. “Joguei com Pato, com grandes jogadores. Às vezes alguns passam, ficam uns seis meses, um ano e não conseguem seguir por mais tempo. Hoje só o Arboleda tem tanto tempo de casa. Fico feliz pela confiança da diretoria”.
O contrato e a renovação
Igor Vinícius tem contrato com o São Paulo até o fim de 2025 e ainda não há negociações iniciadas para tratar de renovação. No entanto, o jogador está feliz no clube e gostaria de ficar por mais tempo. “Tenho um pouco mais de um ano de contrato, ainda não teve nenhum tipo de contato comigo ou com meu estafe. Mas acredito que vá surgir a conversa naturalmente, ainda temos objetivos neste ano. Eu estou no São Paulo, um grande clube, sou feliz aqui, gosto de morar na cidade, mas também não descarto uma ida ao exterior, é um sonho que eu tenho. Mas tem muita coisa para acontecer, sou feliz aqui e com certeza gostaria de ficar por mais tempo”.
A relação com Rafinha
Igor Vinícius concorre por uma vaga no time com Rafinha, que está vivendo uma indefinição sobre a continuidade de sua carreira. No entanto, o lateral-direito não tem conversado com o capitão sobre a possibilidade de renovar seu contrato. “Não batemos um papo ainda, tem essa opção ainda de ele ficar mais seis meses ou um ano. É um grande companheiro. Até brinco, se eu chegar aos 39 anos no nível que ele consegue jogar, seria muito bom. Mas tendo carreira no Brasil, é difícil chegar aos 39 bem como ele chegou. É um atleta que tem uma experiência, uma inteligência em campo, tem as virtudes dele, eu tenho as minhas. Mas é um cara que no dia a dia é sempre bom estar junto para aprender”.
A avaliação do trabalho de Zubeldía
Igor Vinícius destacou que o trabalho de Fernando Diniz, o técnico do São Paulo, foi fundamental para que ele crescesse como jogador. “Ele é um cara muito justo. Eu cresci muito com ele na lateral, ele me passou coisas que eu absorvi. Eu era um atleta que gostava de definir muito rápido as jogadas, com muita força e tal. Logo que ele chegou, já me deu uma brecada. Com vídeos, disse que sabia da minha força, que eu gostava de ir para o ataque, mas que precisava de mim também num meio termo, no equilíbrio, entre um atleta para defender e atacar. Junto do estafe dele, cresci muito. A minha consistência foi por causa deles”.
O lateral-direito também destacou que a temporada foi muito boa para o São Paulo, apesar de terem sido eliminados das Copas. “Foi uma temporada muito boa para a gente. Obviamente que saímos das Copas. Mas foi para o Atlético-MG, agora um finalista, na Copa do Brasil, e para o Botafogo, um possível finalista, na Libertadores. E tudo no detalhe, não foi nenhum absurdo. E no Brasileirão temos o melhor aproveitamento dos últimos anos. O trabalho é muito bom. Se ele ficar, para mim seria muito bom, já me conhece, tem a confiança de todos do elenco, confia em mim”.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores