A recente aquisição do Santos, o atacante argelino Billal Brahimi, tem sido um ponto de discórdia e incerteza entre a torcida e a diretoria do clube. A situação se tornou ainda mais complexa após declarações divergentes entre o presidente Marcelo Teixeira e o técnico do Peixe, que geram dúvidas sobre a real origem e a avaliação do jogador.
Billal Brahimi: A Ausência que Gera Dúvidas no Peixe
A ausência de Billal Brahimi na lista de relacionados para o confronto contra o Palmeiras, que culminou na derrota santista, acendeu um alerta na Nação Peixe. O reforço, contratado recentemente com a expectativa de agregar qualidade ao ataque alvinegro, sequer teve a oportunidade de entrar em campo. Em sua coletiva pós-jogo, o comandante santista, Juan Pablo Vojvoda, buscou esclarecer os motivos que levaram à não convocação do atleta, mas suas palavras abriram margem para questionamentos.
Vojvoda explicou que a decisão de deixar Brahimi de fora se deu pela necessidade de adaptação do jogador ao novo clube e ao futebol brasileiro. “Ele precisa de adaptação, não foi relacionado porque tínhamos outras opções. Preferi começar com Robinho, depois substitui pelo Caballero. Também tínhamos Guilherme, Thaciano e Tiquinho”, justificou o treinador, elencando outros nomes que estavam à disposição e foram considerados como prioridade para a partida. Essa justificativa, embora compreensível em termos de planejamento tático, deixou a torcida perplexa, considerando o investimento feito no jogador.
A Contratação de Billal Brahimi: Quem Deu o Aval Final?
A controvérsia em torno de Billal Brahimi se intensificou com as recentes declarações do presidente do Santos, Marcelo Teixeira. Em entrevista concedida ao portal Meu Peixão, o mandatário santista alegou que a contratação do atacante foi uma indicação direta do técnico Juan Pablo Vojvoda, que teria insistido pela sua aquisição. “Foi uma indicação do Vojvoda. Ele insistiu para o Santos contratar”, afirmou Teixeira, detalhando o processo de avaliação dos jogadores.
Segundo a versão do presidente, a análise de novos talentos envolve o trabalho de avaliadores que apresentam sugestões ao departamento de futebol. Em casos de jogadores de alto potencial, como Brahimi, a avaliação chega ao Comitê de Gestão. “Quando se traz um jogador desse nível, se traz por ser jovem e avaliado pelo treinador também. Na insistência do treinador. A responsabilidade é da comissão técnica atuar nesse ou naquele jogo, nós não treinamos e nem decidimos. Ele (Billal) foi insistentemente pedido pela comissão técnica”, concluiu o dirigente, colocando a responsabilidade da decisão em campo sobre os ombros da comissão técnica e, implicitamente, validando a insistência do treinador na contratação.
Vojvoda Desmente o Presidente e Gera Mais Dúvidas
No entanto, o técnico Juan Pablo Vojvoda apresentou uma narrativa completamente distinta da exposta pelo presidente Marcelo Teixeira. Questionado sobre a situação de Billal Brahimi logo após a derrota para o arquirrival, o treinador santista surpreendeu ao afirmar que sequer conhecia o atleta argelino antes de sua chegada ao clube. “Ele foi um jogador consultado e que perguntaram para mim se conhecia. Eu não conhecia, analisei e pedi informações”, declarou Vojvoda, contradizendo diretamente a alegação de insistência.
O comandante santista detalhou que, ao ser consultado sobre o jogador, realizou uma análise e buscou informações adicionais. A proximidade do fechamento da janela de transferências também foi um fator crucial, segundo ele. “A janela estava perto de fechar, e é um jogador que precisa de uma adaptação. Quando o contratamos, vi os vídeos e conheço a situação. Não conhecia Brahimi, mas dei o aval para ele estar no elenco”, finalizou Vojvoda. Essa revelação cria um cenário de incerteza para os torcedores, que agora se perguntam quem está ditando os rumos do mercado de contratações do Peixe e qual a verdadeira motivação por trás da chegada de Billal Brahimi, que até o momento teve participação mínima, atuando apenas 20 minutos no empate em 2 a 2 contra o Red Bull Bragantino.

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