A recente derrota do Santos para o Flamengo por 3 a 2, no Maracanã, no último domingo (9), pela 32ª rodada do Campeonato Brasileiro, gerou repercussão e análises aprofundadas sobre o desempenho da equipe e, em especial, de seu camisa 10. As atuações de Neymar em campo têm sido alvo de discussões, e após a partida contra o Rubro-Negro, o ex-jogador e comentarista Roger Flores expôs sua preocupação com a condição física e a postura do craque santista, levantando um debate importante sobre a evolução e as exigências do futebol moderno.
Análise Crítica do Desempenho de Neymar Após Derrota
O palco foi o icônico Maracanã, e o resultado foi mais uma revés para o Santos no Brasileirão. No entanto, o que chamou a atenção de muitos, inclusive de figuras experientes do esporte, foi a atuação de Neymar. Durante o programa “Seleção SporTV” desta segunda-feira (10), Roger Flores não poupou palavras ao analisar a performance do atacante. Para o comentarista, o que se viu em campo foi preocupante, distanciando-se da imagem de um jogador capaz de decidir partidas com explosão e genialidade, características que marcaram sua carreira. A sensação transmitida foi de um atleta com limitações físicas evidentes, incapaz de impor o ritmo e a intensidade que o futebol atual demanda. Flores lamentou a situação, declarando-se um admirador do jogador, mas incapaz de defender o que observou em campo.
A Fragilidade Física e o Impacto no Jogo
Roger Flores fez questão de ressaltar a exigência física do futebol em tempos atuais. Segundo sua análise, Neymar demonstrou uma fragilidade notável, resumida em uma percepção de “andar” ou “caminhar” em campo. Essa observação, segundo o comentarista, não seria fruto de uma falta de vontade, mas sim de uma limitação física que o impede de gerar a potência e a explosão necessárias para desequilibrar partidas, como se acostumou a ver. Ele reconhece que o contexto de retorno de lesão é um fator a ser considerado, mas enfatiza que a queda no rendimento físico é um ponto de atenção. A dificuldade em ganhar duelos individuais, a falta de arrancadas decisivas e a incapacidade de acompanhar as transições defensivas foram alguns dos aspectos físicos apontados por Flores. Embora a qualidade técnica inegável de Neymar permaneça, a fragilidade física apresentada, segundo o comentarista, é um motivo de tristeza para quem admira seu futebol.
Comportamento em Campo e a Assunção de Responsabilidade
Além da questão física, Roger Flores também dirigiu críticas ao comportamento de Neymar durante e após a partida. O comentarista apontou atitudes que denotam uma aparente fuga da responsabilidade. A irritação do jogador ao ser substituído, em um momento em que o Santos já se encontrava em desvantagem de 3 a 0, e as discussões com companheiros de equipe foram observadas como sinais de um clima interno conturbado e de uma pressão que o camisa 10 parece relutar em absorver completamente. Flores defende que um jogador de tamanho e importância como Neymar precisa ser um líder e assumir a responsabilidade que sua posição exige. A declaração do atacante de que “tentou fazer o dele e que os jogadores não o procuram” foi vista por Roger como uma forma de transferir a culpa para seus colegas, uma atitude que, segundo ele, joga os companheiros “aos leões” e não condiz com a postura esperada de um craque.
A Luta do Santos Contra o Rebaixamento e o Cenário Atual
A derrota para o Flamengo, agravada pelo desempenho individual de seu principal jogador, acentua a delicada situação do Santos no Campeonato Brasileiro. A equipe santista permanece mergulhada na zona de rebaixamento, ocupando a 18ª colocação com 33 pontos. A distância para o Vitória, primeiro time fora do Z-4, é de apenas dois pontos, o que demonstra a acirrada disputa pela permanência na elite do futebol nacional. A situação se torna ainda mais tensa com a iminência de um jogo atrasado contra o Palmeiras, que acontecerá no próximo sábado (15), na Vila Belmiro. Este confronto direto é encarado como uma oportunidade crucial para a equipe buscar uma recuperação e tentar sair da zona de perigo, mas a pressão e as críticas ao desempenho geral e a jogadores-chave, como Neymar, adicionam uma camada extra de complexidade ao já desafiador momento do clube.

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