Tragédia marca a história do futebol brasileiro: um torcedor do Cruzeiro morre e outros 17 ficam feridos após uma emboscada organizada por parte da torcida do Palmeiras. A violência aconteceu na Rodovia Fernão Dias, em Mairiporã, na Grande São Paulo. A Justiça de São Paulo decretou as prisões temporárias de seis palmeirenses da torcida organizada Mancha Alviverde, incluindo o presidente da organizada.
Investigação e prisões
A Polícia Civil e o Ministério Público (MP) investigam o caso e pediram as prisões temporárias dos suspeitos. A Justiça atendeu ao pedido e decretou as prisões por 30 dias. Além disso, também foi autorizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão, incluindo a sede da torcida organizada.
Entre os suspeitos estão o presidente da Mancha Alviverde, Jorge Luiz Sampaio Santos, e outros cinco membros da torcida organizada. A polícia também identificou oito pessoas ligadas à Mancha Alviverde que participaram da emboscada contra torcedores do Cruzeiro.
Violência e consequências
A violência foi brutal e resultou na morte de um torcedor do Cruzeiro, José Victor Miranda, que tinha 30 anos. Outros 17 torcedores do Cruzeiro ficaram feridos, incluindo alguns que foram socorridos por ambulâncias e levados para hospitais na região.
A polícia apreendeu várias armas e objetos utilizados durante a emboscada, incluindo barras de ferro, pedaços de madeira, rojões e bolas de sinuca. Além disso, os palmeirenses também usaram “miguelitos” para furar os pneus dos ônibus dos cruzeirenses e obrigá-los a parar na estrada.
Reações e condenações
A Federação Paulista de Futebol (FPF) proibiu a presença da Mancha Alviverde em estádios de futebol no estado de São Paulo. A torcida organizada do Palmeiras também foi condenada por várias entidades e pessoas, incluindo o clube do Palmeiras, que repudiou as cenas de violência.
O Cruzeiro também se manifestou, lamentando profundamente o episódio de violência e defendendo uma punição rigorosa para os criminosos. A Máfia Azul, torcida organizada do Cruzeiro, também fez postagens repudiando o ataque dos palmeirenses.
Histórico de conflito
As torcidas organizadas do Palmeiras e do Cruzeiro têm um histórico de conflito, que remonta a 1988. Na época, um dos fundadores da Mancha Alviverde, Cléo Sóstenes Dantas da Silva, foi assassinado. Desde então, as torcidas organizadas têm se confrontado várias vezes, resultando em violência e mortes.
A polícia investiga se os palmeirenses quiseram se vingar dos cruzeirenses por causa de uma briga ocorrida em 2022, que resultou em quatro pessoas baleadas e outras dez feridas. A investigação ainda está em andamento, mas é claro que a violência entre as torcidas organizadas é um problema grave que precisa ser enfrentado.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores