O Palmeiras, gigante do futebol brasileiro, inicia nesta quinta-feira (23) mais uma jornada rumo à glória na Copa Libertadores da América. A equipe alviverde encara a LDU, do Equador, no primeiro confronto das semifinais, jogando fora de casa, no Estádio Casa Blanca, em Quito, às 21h30. A busca é por uma vaga na grande decisão do torneio continental, um palco onde o Verdão tem construído uma história de sucesso neste século.
Palmeiras em busca da sétima final continental
A caminhada do Palmeiras até esta fase decisiva da Libertadores tem sido marcada pela consistência e pela força coletiva. Líder invicto de seu grupo na primeira fase, com aproveitamento impecável, o time paulista demonstrou poder de fogo ao superar adversários tradicionais como o Universitario, do Peru, e o River Plate, da Argentina, nas etapas de mata-mata. Essa trajetória robusta reacende a esperança da torcida por um novo título, o tricampeonato que marcaria o ápice desta geração.
No entanto, a história das semifinais da Copa Libertadores para o Palmeiras apresenta um cenário de equilíbrio, mas com um ligeiro viés de alerta. Ao longo de suas participações nesta fase tão crucial, o clube disputou onze semifinais, sendo dez no formato atual da competição. Deste total, seis vezes o Verdão conseguiu carimbar seu passaporte para a grande decisão, resultando em um aproveitamento de 54,54%. Em contrapartida, em cinco oportunidades, a equipe foi detida nesta etapa, um dado que certamente serve de motivação extra para a atual campanha.
Relembrar as classificações para as finais é reviver momentos de glória para a torcida palmeirense. Em 1961, o Independiente Santa Fe, da Colômbia, foi a vítima. Em 1968, foi a vez do Peñarol, do Uruguai, cair diante do Verdão. A hegemonia sobre o River Plate foi provada em duas ocasiões, em 1999 e 2020. O arquirrival Corinthians também sentiu o peso da camisa alviverde em 2000, e em 2021, o Atlético Mineiro foi o último obstáculo superado antes da glória. Essas vitórias consolidam o Palmeiras como um dos clubes mais vitoriosos e respeitados do continente.
Por outro lado, as eliminações em semifinais também fazem parte da memória do clube. Em 1971, o Nacional, do Uruguai, saiu vitorioso de um triangular que também contou com o Universitario do Peru. Em 2001, o Boca Juniors, da Argentina, impôs sua força, um duelo que se repetiu em 2018 e, mais recentemente, em 2023. Em 2022, o Athletico Paranaense foi o algoz do Verdão nesta fase.
LDU e a busca por repetir 2008
Do outro lado do confronto, a LDU de Quito também carrega consigo a ambição de chegar à final da Libertadores. Para o clube equatoriano, esta semifinal representa a terceira participação em sua história. A única vez em que a LDU conseguiu avançar para a decisão foi em 2008, quando superou o América, do México. As outras duas tentativas, em 1975 e 1976, terminaram em eliminações. Curiosamente, em ambas as ocasiões, os equatorianos foram superados em formato de triangular, enfrentando clubes peruanos: Unión Española, do Chile, em 1975, e Cruzeiro, em 1976, com triangulares que também incluíam Universitario e Alianza Lima, respectivamente.
Outros Gigantes em Busca da Glória
A outra semifinal promete ser um duelo de gigantes e de trajetórias distintas. O Flamengo, outro brasileiro com forte tradição na Libertadores, chega para sua sétima semifinal na competição. A equipe rubro-negra possui um histórico de sucesso, tendo se classificado para a final em quatro oportunidades. A primeira veio em 1981, em um triangular que também contou com Deportivo Cali, da Colômbia, e Jorge Wilstermann, da Bolívia. Mais recentemente, o time carioca alcançou a decisão em 2019, 2021 e 2022, vencendo o Grêmio, o Barcelona de Guayaquil e o Vélez Sarsfield, respectivamente. As duas eliminações em semifinais ocorreram em triangulares nas edições de 1982 e 1984.
Completando o cenário dos semifinalistas, o Racing, da Argentina, conhecido como “La Academia”, já sentiu o sabor da glória em 1967, quando se sagrou campeão após superar Universitario, River Plate e Colo-Colo em um quadrangular. No entanto, as duas participações subsequentes em semifinais, em 1968 e 1997, não terminaram com classificação para a final, sendo eliminado por Estudiantes, da Argentina, e Sporting Cristal, do Peru, respectivamente. A emoção e a competitividade das semifinais da Libertadores prometem mais uma vez prender a atenção dos apaixonados por futebol em todo o continente.

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