Os desdobramentos do caso da morte da torcedora Gabriela Anelli continuam a gerar controvérsia e discussão. A família da vítima ingressou com uma ação na Justiça, alegando que o Palmeiras é responsável pela segurança e pedindo uma indenização de R$ 1,15 milhão. A ação afirma que o clube não tomou as medidas necessárias para evitar a briga entre torcedores de Palmeiras e Flamengo, que resultou na morte de Gabriela.
O Caso de Gabriela Anelli
Em 10 de julho de 2023, Gabriela Anelli, uma torcedora de 23 anos, morreu após ser atingida por estilhaços de vidro no pescoço durante uma briga entre torcedores de Palmeiras e Flamengo, nos arredores do Allianz Parque. A briga ocorreu no dia 8 de julho, e Gabriela foi encaminhada ao Pronto Socorro da Santa Casa, mas não resistiu e faleceu por “hemorragia aguda externa traumática”.
A Responsabilidade do Palmeiras
O processo alega que o Palmeiras é responsável pela falha na segurança “antes, durante e após o evento”. A ação se baseia em artigos do Código de Defesa do Consumidor, na Lei Geral do Esporte e na jurisprudência do Tribunal de Justiça e do Ministério Público do Distrito Federal. A família de Gabriela afirma que o clube não tomou as medidas necessárias para evitar a briga e que a segurança foi inadequada.
Os Depoimentos e as Imagens
Os depoimentos dos guardas municipais e testemunhas presentes no local narram que havia a presença de viaturas e uma funcionária contratada pelo clube fazendo a separação das torcidas com um portão de metal. No entanto, os depoimentos também dizem que o portão foi aberto, sem saber o motivo da abertura, e que torcedores de ambos os times começaram a atirar objetos e gritar palavras ofensivas.
As imagens e os laudos médicos também foram apresentados como provas no processo. A sequência dos fatos é narrada com base em documentos dos depoimentos, imagens, laudos médicos e o relatório da investigação.
A Reação do Palmeiras
O Palmeiras ainda não foi notificado pela Justiça, mas não se manifestará sobre o caso. Internamente, o clube entende que a briga ocorreu fora do estádio, onde a segurança seria das autoridades de segurança pública, e que por isso não pode ser responsabilizado pela morte da torcedora. Além disso, o clube afirma que colaborou com as autoridades, fornecendo imagens das câmeras de biometria facial que ajudaram na identificação do suspeito.
No entanto, a família de Gabriela Anelli e seus advogados continuam a lutar por justiça e a responsabilidade do Palmeiras. O caso continua a ser um exemplo de como a violência e a falta de segurança podem ter consequências trágicas nos esportes.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores