O Palmeiras está sendo processado no Tribunal de Justiça de São Paulo por quatro familiares de José Victor dos Santos Miranda, torcedor do Cruzeiro morto após emboscada na rodovia Fernão Dias, em outubro. A Mancha Alviverde é investigada como a responsável pelo ataque. O caso é particularmente controverso, pois o clube está rompido com a principal organizada, não possui qualquer relação com ela e há ainda medida protetiva da presidente Leila Pereira contra suas lideranças, algumas investigadas pela emboscada.
Processos por danos morais
Os processos são movidos pelos familiares de José Victor Miranda, que reclamam danos morais. As ações são movidas pela mãe, irmão e as duas avós do cruzeirense. O total das indenizações, somadas a honorários, passa de R$ 9 milhões. Todos os processos são movidos pelo mesmo advogado, Juliano Pereira Nepomuceno, que argumenta que a emboscada é fruto da falta de ações sólidas e contundentes do Palmeiras para coibir e represar o comportamento da Mancha.
Argumentação do advogado
Segundo o advogado, o Palmeiras se omitiu em relação ao histórico violento da Mancha Alviverde, que ensejou conflitos terríveis e até mesmo mortes. O clube não promoveu medidas de prevenção e proibição adequadas, o que criou um ambiente propício para que os atos se repetissem. O Palmeiras deve ser responsabilizado por permitir que a torcida tenha continuado suas atividades violentas sem punições efetivas e apropriadas.
Presos e investigados
Na emboscada, um torcedor da Máfia Azul morreu e outros 17 cruzeirenses ficaram feridos. A Polícia Civil prendeu dez palmeirenses acusados de participar da emboscada. Além disso, Jorge Luiz Sampaio Santos, presidente da Mancha Alviverde, e Felipe Mattos dos Santos, vice-presidente da torcida, continuam sendo procurados com mandados de prisão temporária.
Consequências do ataque
A Mancha Alviverde está suspensa pela Federação Paulista de Futebol dos jogos do Palmeiras no estado de São Paulo. Há também uma queda de braço referente ao jogo desta quarta, contra o Cruzeiro, que será realizado com portões fechados, devido ao risco de confronto pela emboscada de outubro. O Palmeiras está em contato com a CBF para que se não for autorizada a presença de palmeirenses, o jogo não tenha nenhum torcedor.
Repercussões no futebol
O caso é particularmente controverso, pois o Palmeiras está rompido com a principal organizada, não possui qualquer relação com ela e há ainda medida protetiva da presidente Leila Pereira contra suas lideranças, algumas investigadas pela emboscada. O caso pode ter consequências significativas no futebol brasileiro, com reflexos na relação entre os torcedores e os clubes.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores