A instabilidade parece ser uma constante no Internacional quando o mês de julho chega. A equipe enfrenta um ciclo de resultados abaixo do esperado, o ambiente se deteriora e a situação do técnico se torna insustentável. Em 2023, Mano Menezes foi o primeiro a sentir o peso, seguido por Eduardo Coudet em 2024. Agora, em 2025, Roger Machado enfrenta o mesmo desafio, com a torcida expressando sua insatisfação e pedindo mudanças. A diretoria tenta manter a calma, mas a pressão é evidente. A “maldição de julho” paira sobre o clube, e a pergunta que fica é: Roger Machado conseguirá quebrar esse ciclo ou será mais um a sucumbir à crise?
A “Maldição de Julho” no Beira-Rio: Um Ciclo de Desafios
O Internacional, conhecido por sua rica história e tradição no futebol brasileiro, parece enfrentar um período de turbulência todo mês de julho. Essa sequência negativa tem se repetido nos últimos anos, com reflexos diretos no desempenho da equipe e, consequentemente, na permanência de seus treinadores. A combinação de resultados frustrantes, desgaste nos elencos e pressão da torcida cria um cenário desafiador, que culmina em mudanças drásticas e na busca por uma nova direção.
Relembrando os Anos de Tensão: 2023 e 2024
Em 2023, o então técnico Mano Menezes viu seu trabalho chegar ao fim em meados de julho, após uma série de atuações consideradas abaixo do esperado. A falta de consistência tática e a dificuldade em impor um estilo de jogo definido foram fatores cruciais para a sua saída. A torcida, insatisfeita com o desempenho da equipe, intensificou as críticas, tornando a situação insustentável.
No ano seguinte, em 2024, foi a vez de Eduardo Coudet sentir o peso da “maldição de julho”. Mesmo com a equipe ainda disputando competições de mata-mata, o desempenho aquém das expectativas e a falta de evolução em campo custaram caro. A pressão por resultados positivos aumentou, e a diretoria, diante da insatisfação geral, optou pela troca no comando técnico, buscando uma nova estratégia para reverter o cenário.
2025: Roger Machado e o Desafio da Reversão
Em 2025, o cenário se repete com Roger Machado à frente do Internacional. A goleada sofrida para o Botafogo, com um placar de 4 a 0, acentuou a crise e reacendeu o debate sobre o futuro do treinador. O time, com apenas 9 pontos em 8 jogos no Campeonato Brasileiro Betano, ocupa uma posição desconfortável na tabela e a sombra de uma possível eliminação na Libertadores paira sobre o clube.
A Pressão da Torcida e o Cenário Interno
A insatisfação da torcida colorada se manifesta nas redes sociais, com pedidos de mudança e críticas ao trabalho da comissão técnica. A diretoria, em um esforço para manter a estabilidade, tem reafirmado a confiança no projeto, mas a tensão nos bastidores é evidente. A situação se agrava com a repetição de um padrão: o primeiro semestre desgastante, com jogos em excesso, elenco limitado por lesões e suspensões, e o Brasileirão em segundo plano nas prioridades.
A “Maldição” Continua?
A grande questão que se coloca é: Roger Machado conseguirá superar a “maldição de julho” e reverter o quadro atual? O desafio é grande, mas a esperança de quebrar esse ciclo e levar o Internacional de volta ao caminho das vitórias permanece. A diretoria precisa agir com inteligência, buscando soluções para os problemas do elenco e dando suporte ao treinador para que ele possa implementar sua estratégia. A torcida, por sua vez, espera por uma reação da equipe e por um desempenho que a faça voltar a acreditar no potencial do clube.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores