O Fluminense segue em um período de instabilidade no Campeonato Brasileiro, enfrentando um dilema persistente que assombra a equipe mesmo após a recente mudança no comando técnico. A dificuldade em converter oportunidades em gols, especialmente por parte de seus centroavantes, tornou-se o principal tópico de debate entre a torcida e a imprensa. A situação ficou ainda mais evidente após a dolorosa derrota por 2 a 0 para o arquirrival Vasco, em pleno Maracanã, na última segunda-feira, um resultado que reacendeu as discussões sobre a efetividade do ataque tricolor.
A equipe carioca sofreu uma derrota por 2 a 0 no clássico contra o Vasco da Gama, um revés que aprofundou as preocupações sobre o setor ofensivo do time.
Os principais centroavantes do Fluminense — Germán Cano, John Kennedy e Everaldo — passaram em branco na partida e a seca de gols na posição tem sido uma constante sob o comando do novo treinador.
Após o jogo, o técnico Zubeldía veio a público para defender Germán Cano, reafirmando sua confiança no argentino e explicando as escolhas táticas para o clássico.
Desde a chegada de Zubeldía, Cano, que é o artilheiro do time na temporada, conseguiu balançar as redes apenas uma vez em cinco partidas disputadas.
John Kennedy, apesar de mostrar boa movimentação e entrega em campo, também registrou somente um gol nos cinco jogos em que atuou com o novo técnico, enquanto Everaldo perdeu espaço e não marca há bastante tempo.
Com o resultado adverso, o Fluminense permanece na sétima colocação do Campeonato Brasileiro, somando 41 pontos, e agora busca uma reação na próxima rodada.
A Persistente Seca de Gols no Setor Ofensivo Tricolor
Apesar da recente transição no comando técnico, que viu a chegada de Zubeldía para tentar reverter a trajetória do Fluminense, um antigo e incômodo problema continua a assombrar as Laranjeiras: a baixa produtividade dos centroavantes. O cenário tem sido desafiador para os atacantes tricolores, que, mesmo com um sistema de rodízio e novas abordagens táticas, não conseguem encontrar o caminho das redes com a frequência esperada. A preocupação se intensificou após a derrota por dois a zero para o Vasco, um clássico disputado em casa que expôs novamente as fragilidades do ataque do Fluminense. Na ocasião, nenhum dos homens de área conseguiu vazar a defesa adversária, evidenciando uma lacuna que precisa ser preenchida com urgência para que o clube almeje posições mais elevadas no Campeonato Brasileiro.
Zubeldía Reafirma Confiança em Germán Cano
Em meio às críticas e questionamentos da torcida e da mídia, o técnico Zubeldía fez questão de sair em defesa de Germán Cano, um dos pilares do ataque do Fluminense nos últimos anos. Em sua coletiva pós-jogo, o treinador argentino reiterou a importância de Cano para o elenco, descrevendo-o como um “goleador” nato. Zubeldía argumentou que, em partidas de alta intensidade como o confronto contra o Vasco, a linha tênue entre o sucesso e o insucesso é frequentemente decidida por pequenos detalhes. Ele destacou que se uma oportunidade clara, como a que Cano teve no início do jogo e que parou em Léo Jardim, tivesse resultado em gol, a narrativa seria completamente diferente. A declaração do técnico enfatiza a natureza volátil do futebol, onde a percepção do desempenho dos jogadores muitas vezes é moldada unicamente pelo placar final, independentemente da construção das jogadas ou do esforço em campo. Para Zubeldía, a confiança em seus atletas, especialmente em um artilheiro do calibre de Cano, permanece inabalável, e ele espera que a fase goleadora retorne em breve.
O Desempenho dos Atacantes Sob o Novo Comando Técnico
Sob a batuta de Zubeldía, o desempenho dos centroavantes do Fluminense tem sido um misto de esperança e frustração. Germán Cano, que segue como artilheiro do time na temporada, participou de cinco partidas com o novo técnico, mas só conseguiu balançar as redes em uma ocasião, na vitória contra o Botafogo, que marcou a estreia do treinador. No clássico contra o Vasco, o atacante argentino foi titular e teve uma chance crucial nos primeiros minutos, mas não conseguiu superar o goleiro Léo Jardim. John Kennedy, outro nome frequentemente testado na linha de frente, tem demonstrado boa movimentação e uma entrega notável em campo, característica que agrada à torcida e à comissão técnica. Contudo, assim como Cano, o jovem camisa 9 também registrou apenas um gol em cinco jogos sob a nova gestão, indicando que a produtividade ofensiva ainda não atingiu o nível desejado. Já Everaldo, que teve mais oportunidades no início da temporada, viu seu espaço diminuir consideravelmente com a chegada de Zubeldía e não marca um gol desde o dia 2 de agosto, perdendo terreno na concorrência por uma vaga no concorrido ataque do Fluminense. A soma desses fatores aponta para um desafio considerável na busca por uma maior efetividade ofensiva, crucial para as ambições do tricolor no Brasileirão.
A Lógica do Campo Versus a Crítica Pós-Resultado
Zubeldía foi enfático ao abordar a natureza da crítica no futebol, ressaltando como o resultado final de uma partida tende a distorcer a análise do desempenho individual e coletivo. Segundo o treinador, a escolha de um jogador em detrimento de outro, como a escalação de Germán Cano como titular e a opção por não iniciar com John Kennedy no clássico contra o Vasco, é sempre questionada de forma mais intensa quando o placar não é favorável. “Se tivéssemos feito o gol, estaria tudo bem. Não fizemos o gol e começamos a discutir porque jogou um e porque não jogou outro”, pontuou o técnico, destacando a superficialidade de certas avaliações. Ele relembrou que, no primeiro tempo, o Fluminense saiu injustamente perdendo, tendo criado oportunidades claras e pressionado o rival. A decisão sobre quem entra em campo, argumenta Zubeldía, é exclusivamente dele, baseada em um planejamento tático e na confiança nos seus atletas. Ele reiterou seu respeito por Cano, Kennedy e Everaldo, enfatizando que suas escolhas visam sempre o melhor para o Fluminense, independentemente do que as discussões pós-derrota possam sugerir. Esta perspectiva ilumina a pressão constante sobre os treinadores e a dificuldade de manter a coerência nas decisões em um ambiente tão volátil como o futebol brasileiro.
Fluminense Busca Reação no Campeonato Brasileiro
A derrota para o Vasco da Gama não apenas aumentou a pressão sobre o ataque do Fluminense, mas também teve um impacto direto na sua posição na tabela do Campeonato Brasileiro. Com os três pontos perdidos, o Tricolor se mantém com 41 pontos, estacionado na sétima colocação, vendo os concorrentes por uma vaga nas competições continentais se distanciarem ou se aproximarem. A necessidade de uma reação é evidente, e o calendário do Brasileirão não oferece trégua. A próxima oportunidade para o Fluminense virar a chave e retomar o caminho das vitórias será neste próximo sábado, quando a equipe terá outro confronto importante pela frente. O adversário será o Internacional, em uma partida agendada para as 17h30, novamente no palco sagrado do Maracanã. Este jogo representa uma chance de ouro para o time não só somar pontos vitais, mas também para seus atacantes reencontrarem a confiança e a efetividade na frente do gol. A torcida do Fluminense espera que a equipe consiga superar as adversidades e demonstrar a força de seu elenco, buscando uma vitória que traga alívio e renovado ânimo para a sequência da temporada. O desafio é grande, mas a capacidade de superação é uma marca registrada do clube das Laranjeiras.

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