A partida entre Atlético-MG e Fluminense, válida pela nona rodada do Brasileirão Betano, na Arena MRV, neste domingo (11), promete ser um confronto com ingredientes especiais. O atacante Rony, agora defendendo as cores do Galo, enfrentará seu ex-pretendente, o Fluminense, em um duelo cercado de expectativas e um passado recente cheio de reviravoltas. A negociação frustrada na última janela de transferências adiciona um tempero a mais a este encontro. Rony chegou ao Atlético-MG após recusar propostas de outros clubes brasileiros, como Vasco, Santos e Grêmio.
A Negociação que Não Aconteceu
O mercado da bola sempre reserva surpresas e, em 2024, o Fluminense esteve muito perto de concretizar uma contratação de peso: a de Rony. Na época, o atacante vivia seus últimos momentos no Palmeiras e despertava o interesse de diversos clubes. A equipe carioca apresentou uma proposta ambiciosa, visando transformar Rony em sua principal estrela. O clube ofereceu um montante considerável, cerca de 8 milhões de euros (equivalente a R$ 49,8 milhões) a serem pagos de forma parcelada. Além disso, o salário proposto colocaria Rony no topo da folha salarial do tricolor carioca, tornando-o o jogador mais caro da história do clube em valores absolutos.
Apesar da oferta vantajosa e do desejo de ambas as partes, a negociação não evoluiu conforme o esperado. A ausência de uma resposta definitiva por parte do jogador e seus representantes gerou incertezas e esfriou o negócio. Diante da indefinição, o Fluminense optou por recuar e encerrar as conversas. O que parecia ser um acordo promissor, de repente, se desfez sem explicações claras. Pouco tempo depois, Rony fechou com o Atlético-MG, por um valor ligeiramente inferior ao oferecido pelo Fluminense, cerca de 6,5 milhões de euros (R$ 38,8 milhões).
O Papel Crucial de Cuca e a Escolha Alvinegra
A decisão de Rony em defender o Atlético-MG teve um forte componente técnico e pessoal. O técnico Cuca, conhecido por sua capacidade de motivar e extrair o melhor de seus jogadores, teve um papel fundamental na negociação. Cuca entrou em contato direto com o atacante, assegurando um lugar no esquema tático da equipe e oferecendo o suporte necessário em um momento de turbulência na carreira do jogador.
A fase no Palmeiras não era das melhores para Rony. O desgaste com a diretoria, especialmente com a presidente Leila Pereira, que chegou a criticar publicamente o estafe do jogador, contribuiu para a sua saída. A chegada ao Atlético-MG representou, portanto, uma oportunidade de recomeço e de reencontrar o bom futebol, com a confiança e o apoio de um treinador que acreditava em seu potencial.
Outras Propostas Rejeitadas
Aos 29 anos, Rony se tornou um dos nomes mais cobiçados no mercado nacional. Além do Fluminense, outros clubes demonstraram interesse em contar com o futebol do atacante. Vasco, Santos e Grêmio também fizeram propostas, mas Rony optou por vestir a camisa do Atlético-MG. A escolha pelo Galo não foi algo repentino. A relação entre o clube mineiro e o jogador já vinha de tentativas anteriores, como na época da negociação envolvendo Paulinho, onde o nome de Rony chegou a ser cogitado como parte do acordo.
Reencontro com Sabor de Revanche?
Neste domingo, o reencontro entre Rony e Fluminense vai além da rivalidade em campo. O atacante, que esteve muito próximo de defender as cores do Tricolor, enfrentará o clube que por pouco não foi seu destino. Apesar de não ser um “ex” oficial, o sentimento de revanche pode estar presente. O Fluminense, que sonhou com Rony como um reforço de peso, agora terá que lidar com a qualidade de um jogador que poderia estar vestindo sua camisa, mas optou por brilhar em Minas Gerais. A partida promete ser emocionante, com os holofotes voltados para Rony e a expectativa de como ele irá se apresentar diante do seu ex-pretendente. A torcida aguarda ansiosamente para ver o que este duelo reserva.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores