O técnico de futebol Oswaldo de Oliveira perdeu uma ação trabalhista contra o Fluminense e não receberá a indenização de R$1.876.602,30 que pleiteava por danos morais e dispensa imotivada. A ação foi movida após sua demissão do clube devido a uma discussão com o jogador Paulo Henrique Ganso durante uma partida em 2019.
Discussão com Ganso e Demissão
Oswaldo de Oliveira assumiu o cargo de treinador do Fluminense em 2019, sucedendo Fernando Diniz. Durante um jogo, houve uma discussão acalorada entre Oswaldo e Ganso, na qual trocaram ofensas, resultando na demissão do técnico. Além disso, Oswaldo fez um gesto obsceno em direção aos torcedores enquanto deixava o campo, o que também contribuiu para sua saída do clube.
Processo Judicial e Decisão
No ano de 2020, Oswaldo de Oliveira ingressou com uma ação trabalhista contra o Fluminense, buscando compensação financeira pelos supostos danos sofridos. Após ter perdido a ação nas instâncias inferiores, recorreu ao Tribunal Superior do Trabalho, que manteve a decisão anterior a favor do clube. A 6ª Turma do TST considerou que as ações da torcida não foram motivadas pelo clube e, portanto, não cabia responsabilizá-lo pelos eventos ocorridos.
Alegações e Recusa da Gratuidade de Justiça
Oswaldo de Oliveira também alegou ter tido sua família ofendida durante o incidente e solicitou o benefício da Gratuidade de Justiça para isenção de custas processuais, o qual foi negado pelo TST. A decisão final do tribunal foi desfavorável ao treinador, que não receberá a indenização pretendida.
Passagem pelo Fluminense
Oswaldo de Oliveira teve sua terceira passagem pelo Fluminense em 2019, tendo comandado a equipe em sete partidas, com um desempenho de 2 vitórias, 2 empates e 3 derrotas. Sua primeira passagem ocorreu entre julho de 2001 e abril de 2002, alcançando destaque na semifinal do Brasileirão. Já a segunda passagem, mais discreta, ocorreu entre abril e agosto de 2006, sendo encerrada após desavenças com Celso Barros, à época presidente da Unimed/Rio e atual vice-presidente do clube.
Conclusão
O desfecho da disputa judicial entre Oswaldo de Oliveira e o Fluminense evidencia as consequências de conflitos no ambiente esportivo e as implicações legais que podem surgir. A decisão do Tribunal Superior do Trabalho reafirma a importância da conduta profissional e do respeito mútuo entre os envolvidos no meio esportivo, mesmo em situações de alta pressão e adversidade.
Com a resolução deste caso, tanto o treinador quanto o clube podem agora seguir em frente, cada um buscando seus objetivos no cenário esportivo, deixando para trás essa controvérsia que marcou a passagem de Oswaldo de Oliveira pelo Fluminense.
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