O mundo do futebol está de luto com a perda de Antônio Manfrini Neto, conhecido como Manfrini, um dos ídolos do Fluminense Football Club e figura emblemática da “Máquina Tricolor” dos anos 70. O ex-meio-campista faleceu na madrugada desta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, em São Paulo, aos 75 anos, em decorrência de complicações de pneumonia e insuficiência cardíaca. Sua partida deixa uma lacuna no coração dos torcedores e na história do esporte brasileiro.
Legado na “Máquina Tricolor” do Fluminense
Manfrini brilhou intensamente com a camisa do Fluminense durante a década de 70, integrando um dos times mais memoráveis do clube. Ao lado de craques como Rivellino, o meio-campista ditava o ritmo do lendário time que encantou o país com seu futebol ofensivo e envolvente. A “Máquina Tricolor” não apenas conquistou títulos, mas também marcou época, elevando o nível técnico e tático do futebol brasileiro.
A contribuição de Manfrini para o sucesso do Fluminense foi fundamental. Ele foi titular absoluto no meio-campo da equipe campeã carioca de 1975, formando uma parceria de sucesso com Rivellino. Naquele ano, o time tricolor chegou à semifinal do Campeonato Brasileiro, demonstrando sua força e competitividade em nível nacional. Ao longo de sua passagem pelo Fluminense, Manfrini disputou 157 partidas e marcou 62 gols, tornando-se um dos maiores artilheiros da história do clube.
O Título de 1973 e o Apelido Inesquecível
Antes de alcançar o título carioca de 1975, Manfrini já havia conquistado o Campeonato Carioca em 1973, consolidando seu status de ídolo da torcida tricolor. Naquele ano, ele se destacou como o artilheiro da competição, demonstrando sua capacidade de marcar gols importantes e decidir jogos. A final do campeonato contra o Flamengo foi um momento épico na carreira de Manfrini e na história do clássico carioca.
Em um Fla-Flu disputado sob forte chuva, Manfrini marcou dois gols na vitória do Fluminense por 4 a 2, garantindo o título para o clube. Sua atuação memorável na partida lhe rendeu o apelido de “Gene Kelly”, em referência ao famoso ator e dançarino do filme “Cantando na Chuva”. A imagem de Manfrini driblando os adversários e marcando gols sob a chuva se tornou um símbolo da sua habilidade e irreverência em campo.
Trajetória em Outros Clubes e Homenagens
Apesar de sua identificação com o Fluminense, Manfrini também teve passagens por outros clubes importantes do futebol brasileiro. Ele iniciou sua carreira na Ponte Preta, onde atuou entre 1967 e 1972, antes de brilhar no Fluminense. Em 1973, teve uma breve passagem pelo Palmeiras, marcando quatro gols em apenas quatro jogos. Após deixar o Fluminense em 1976, Manfrini se transferiu para o Botafogo, onde permaneceu até 1979. Encerraria sua carreira no Juventus-SP em 1981.
O Fluminense Football Club lamentou profundamente o falecimento de Manfrini, prestando homenagem ao ex-jogador em suas redes sociais. “O Fluminense Football Club lamenta profundamente o falecimento de Antônio Manfrini Neto, o Manfrini, bicampeão estadual pelo Flu em 1973 e 75”, dizia a mensagem publicada pelo clube. A partida de Manfrini representa uma perda irreparável para o futebol brasileiro, mas seu legado e suas conquistas permanecerão vivos na memória dos torcedores.
Manfrini: Um Artilheiro e um Ícone do Futebol Brasileiro
Antônio Manfrini Neto não foi apenas um talentoso meio-campista, mas também um artilheiro implacável e um ícone do futebol brasileiro. Sua habilidade, visão de jogo e capacidade de marcar gols o tornaram um jogador diferenciado e admirado por todos. Manfrini personificava a elegância e a plasticidade do futebol brasileiro, encantando os torcedores com seus dribles desconcertantes e passes precisos.
Sua passagem pelo Fluminense deixou marcas indeléveis na história do clube, e seu nome será lembrado para sempre como um dos maiores ídolos da torcida tricolor. Manfrini representava a paixão, a garra e a determinação do futebol brasileiro, inspirando gerações de jogadores e torcedores. Sua morte deixa um vazio no coração de todos aqueles que amam o esporte, mas seu legado continuará a brilhar como um farol para o futuro.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores







