A tensão é palpável nas Laranjeiras após a dolorosa derrota do Fluminense por 2 a 0 no clássico carioca contra o Vasco, ocorrida na última terça-feira, dia 20. O revés, marcado por uma performance apática e a fúria da torcida tricolor, que chegou a entoar gritos de “olé” para o adversário, acende um alerta vermelho para o clube. Com a semifinal da Copa do Brasil se aproximando em dezembro, e coincidentemente contra o mesmo rival, a equipe de Fernando Diniz (correção: o texto original cita Zubeldía, preciso manter a fidelidade) – *revisando, o texto original cita Zubeldía, então devo manter Zubeldía como técnico, não Fernando Diniz.* A equipe de Zubeldía enfrenta uma onda de críticas e a necessidade urgente de mudanças profundas, não apenas táticas, mas também de postura, para evitar um desastre ainda maior na competição nacional.
O resultado negativo vem em um momento crucial, onde o Fluminense não consegue encontrar a consistência desejada na temporada. A preocupação da torcida e da diretoria se intensifica ao observar o bom momento vivido pelo Cruz-Maltino, que soube aproveitar as falhas do rival e consolidar uma vitória convincente. Este cenário gera uma enorme pressão sobre jogadores e comissão técnica, que agora precisam demonstrar uma reação imediata e contundente para resgatar a confiança e as esperanças de um ano vitorioso.
Derrota no Clássico e o Peso para o Fluminense
O palco era o clássico, um jogo que por si só carrega uma atmosfera de rivalidade intensa e onde o Fluminense tinha a chance de reverter a má fase. Contudo, o que se viu foi um desempenho aquém das expectativas, culminando na derrota por dois gols de diferença para o Vasco. Desde os primeiros minutos, apesar de uma estratégia inicial de pressão imposta pelo técnico Zubeldía, que até se mostrou promissora, a equipe não conseguiu capitalizar as oportunidades criadas. A falha crucial veio logo cedo, quando Germán Cano teve uma chance claríssima de gol, cara a cara com o goleiro Léo Jardim, mas não conseguiu converter. Esse lance, que poderia ter mudado o rumo da partida, pareceu desestabilizar o time tricolor, que progressivamente perdeu o controle do jogo.
A partir daí, o Vasco cresceu na partida, demonstrando maior organização e objetividade. O primeiro gol cruz-maltino surgiu de uma jogada onde a bola, após um desvio, encontrou Rayan, que não perdoou, deixando o goleiro Fábio sem chances. Esse gol foi um duro golpe para o Fluminense, que já apresentava dificuldades para construir jogadas ofensivas e neutralizar o ímpeto adversário. A ineficácia ofensiva, aliada à fragilidade defensiva, tornou o cenário ainda mais desfavorável para a equipe das Laranjeiras.
Análise Tática e as Oportunidades Perdidas
A estratégia de Zubeldía para o Fluminense de iniciar o clássico pressionando o Vasco foi uma tentativa de surpreender o adversário e impor o ritmo de jogo desde o apito inicial. Essa tática, de fato, gerou uma oportunidade de ouro para Cano, o artilheiro, mas a falha na finalização transformou a promessa de um bom começo em frustração. A partir desse momento crucial, a dinâmica da partida mudou drasticamente. O Fluminense perdeu a intensidade, e o Vasco, percebendo a desorganização do adversário, passou a dominar as ações.
O gol de Rayan, com a bola desviada, foi um reflexo da falta de sorte e da instabilidade defensiva tricolor. Na segunda etapa, a situação se agravou. O segundo gol do Vasco, marcado por Nuno Moreira, veio de uma falha direta do experiente goleiro Fábio, um erro que amplificou a sensação de desamparo e descontrole por parte do Fluminense. As substituições realizadas por Zubeldía, que colocou em campo nomes como Keno, John Kennedy e Soteldo, peças importantes do elenco, não surtiram o efeito desejado. O trio de ataque não conseguiu criar jogadas relevantes, nem oferecer a intensidade necessária para reverter o placar, consolidando uma atuação coletiva e individual abaixo do esperado.
Revolta da Torcida e o Desempenho Individual
A insatisfação da torcida tricolor atingiu um pico de revolta com a performance do time, culminando em gritos de “olé” por parte dos vascaínos e uma atmosfera de decepção generalizada. A principal mira das críticas foi Germán Cano, que, apesar de ser um ídolo e artilheiro, teve uma atuação muito abaixo do esperado. Além da chance perdida no início do jogo, Cano pouco participou das construções ofensivas enquanto esteve em campo, evidenciando uma falta de ritmo e engajamento que preocupou os torcedores e a comissão técnica.
Outros jogadores também não escaparam da mira dos críticos, especialmente o goleiro Fábio, cuja falha no segundo gol vascaíno foi determinante para o resultado. A impotência do Fluminense em reagir na segunda etapa, mesmo com as mudanças promovidas por Zubeldía, deixou claro que o problema vai além de uma questão tática, apontando para uma questão de atitude e mentalidade dos atletas em campo. A torcida, que sempre apoia o time, deixou o estádio com a sensação de que a equipe não demonstrou a garra e a competitividade esperadas em um clássico de tamanha importância.
A Fúria da Presidência e o Futuro de Zubeldía
A derrota no clássico, especialmente pela forma como ocorreu, gerou grande insatisfação também nos corredores da diretoria do Fluminense. O presidente Mário Bittencourt, conhecido por sua postura firme, não escondeu sua fúria com o desempenho da equipe. É esperado que o mandatário tenha uma conversa séria e incisiva com a comissão técnica e, possivelmente, com os próprios jogadores. Embora o técnico Zubeldía ainda esteja respaldado pela diretoria, há uma clara expectativa de que haja uma cobrança rigorosa por uma mudança de postura e resultados.
A pressão sobre o Fluminense aumenta consideravelmente. Perder um clássico dessa maneira, sem reação e com falhas individuais evidentes, pesa muito no ambiente do clube. A exigência é de que os atletas demonstrem outro tipo de atitude em campo, mais garra, mais foco e maior comprometimento tático. A conversa de Mário Bittencourt deve ser um divisor de águas, sinalizando que a complacência não será tolerada e que a busca por uma performance digna da camisa tricolor é urgente e inadiável.
Olhar para Frente: A Semifinal da Copa do Brasil
Com a poeira baixando após o clássico, os olhos do Fluminense se voltam, obrigatoriamente, para o futuro imediato e, em particular, para o grande desafio que se aproxima em dezembro: a semifinal da Copa do Brasil. O destino, ou talvez o calendário, quis que o adversário nesse embate decisivo seja, novamente, o Vasco, que demonstrou estar em melhor fase e mais ajustado no último confronto. A derrota recente serve como um doloroso lembrete da urgência em promover mudanças significativas.
A comissão técnica de Zubeldía terá a difícil tarefa de ajustar o time em diversos setores. As mudanças não devem ser apenas no campo tático, mas também na mentalidade dos jogadores, que precisam entrar em campo com uma atitude completamente diferente, cientes da importância de cada lance em uma semifinal de Copa do Brasil. A torcida tricolor espera ver um Fluminense renovado, determinado a lutar por cada bola e a reverter a impressão deixada pelo último clássico. O caminho até dezembro é de trabalho intenso, ajustes e, acima de tudo, de resgate da confiança e da capacidade de competir em alto nível para buscar a tão sonhada vaga na final.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores







