A recente análise sobre o desempenho ofensivo do Flamengo aponta para um cenário desafiador, onde a produção de gols por parte dos atacantes tem sido inferior ao esperado, contrastando com a contribuição de outros setores da equipe. A expulsão de Plata na partida contra o São Paulo, evento que influenciou diretamente o resultado final, reacendeu o debate sobre a eficiência dos jogadores de frente do Rubro-Negro. O equatoriano, que recebeu seu terceiro cartão vermelho em um curto período de dois meses, exemplifica uma dificuldade que parece se estender a outros nomes do elenco, com a média de gols de Plata se equiparando à de Juninho, que sequer tem sido titular regular desde abril.
Desempenho Ofensivo dos Atacantes Rubro-Negros em 2025
Ao analisar o panorama geral dos gols marcados pelo Flamengo na temporada de 2025, os atacantes, com exceção notável de Pedro, que ostenta a vice-artilharia da equipe com 15 tentos em 37 apresentações, representam 39% do total de gols anotados pelo clube. Luiz Araújo figura como o terceiro maior artilheiro entre os jogadores de ataque, com 12 gols em 59 partidas disputadas. Contudo, o último tento de Araújo remonta ao confronto contra o Botafogo, em 15 de outubro, data em que Plata também foi o autor de um gol. Essa estatística levanta questões sobre a constância e a capacidade de finalização da linha de frente flamenguista em momentos cruciais da temporada.
No total, o Flamengo, sob o comando técnico de Filipe Luís, acumula 115 gols em 64 jogos disputados neste ano. Desses, 45 foram originados pelos atacantes que compõem o elenco atual. Essa divisão de responsabilidades na marcação de gols revela uma dependência de outros setores para suprir a lacuna deixada por uma produção ofensiva mais robusta dos atacantes.
Comparativo Estatístico dos Atacantes do Flamengo
Para aprofundar a análise, é fundamental apresentar um comparativo detalhado das estatísticas dos atacantes que atuam pelo Flamengo em 2025, oferecendo uma visão clara do volume de gols e da média de cada jogador:
- Pedro: 15 gols em 37 jogos – média de 0,4 gol por jogo. Pedro tem se destacado como a principal referência ofensiva, mesmo diante de um período de ausência.
- Bruno Henrique: 11 gols em 52 jogos – média de 0,21 gol por jogo. Um jogador experiente que busca recuperar sua melhor forma.
- Luiz Araújo: 12 gols em 59 jogos – média de 0,2 gol por jogo. Possui um bom número de participações, mas a frequência de gols pode ser questionada.
- Wallace Yan: 5 gols em 26 jogos (sob o comando de Filipe) – média de 0,19 gol por jogo. Um desempenho consistente quando acionado.
- Everton Cebolinha: 4 gols em 33 jogos – média de 0,12 gol por jogo. Esperava-se uma maior contribuição ofensiva do ponta.
- Samuel Lino: 3 gols em 25 jogos – média de 0,12 gol por jogo. Uma peça que busca se firmar no time titular.
- Plata: 5 gols em 47 jogos – média de 0,1 gol por jogo. Sua irregularidade e as expulsões têm sido pontos de atenção.
- Juninho: 3 gols em 29 jogos – média de 0,1 gol por jogo. Uma média de gols que não o coloca como peça fundamental no ataque.
- Michael: 2 gols em 27 jogos – média de 0,07 gol por jogo. O atacante com a menor média de gols entre os listados.
Este quadro estatístico evidencia a necessidade de uma reavaliação tática e individual para otimizar o poder de fogo da equipe. A baixa média de gols de alguns atacantes, especialmente aqueles com maior tempo de atuação, é um indicador de que o Flamengo pode estar perdendo oportunidades de balançar as redes com maior frequência.
Arrascaeta: O Destaque Individual e Liderança em Gols
Em contrapartida à discussão sobre os atacantes, o meia Arrascaeta emerge como a principal força goleadora do Flamengo. O uruguaio, que desempenha um papel crucial tanto na criação de jogadas quanto na finalização, demonstrou sua importância na partida contra o São Paulo ao converter um pênalti, abrindo o placar para o Rubro-Negro. Sua participação ativa também foi determinante no segundo gol, onde evitou que a bola saísse pela linha de fundo, resultando em um cruzamento de Royal para Samuel Lino marcar. Esse lance resume a versatilidade e a influência do camisa 10 no jogo da equipe.
Além de sua contribuição no jogo recente, Arrascaeta consolidou seu nome na história do clube ao se tornar o maior artilheiro estrangeiro da história do Flamengo, superando o argentino Doval com seus 95 gols. Sua liderança na artilharia rubro-negra no Campeonato Brasileiro, com 17 gols, reforça a ideia de que a equipe conta com um jogador de altíssimo nível para desequilibrar partidas e definir resultados.
Desfalque Estratégico: A Ausência de Pedro e a Expectativa de Retorno
Um fator que impacta significativamente a análise do poder de fogo do Flamengo é a ausência de seu principal artilheiro, Pedro. O centroavante esteve fora dos últimos quatro jogos devido a uma fratura no antebraço direito, sofrida em 22 de outubro. A previsão inicial é que sua recuperação demande mais duas semanas, levantando a possibilidade de seu retorno ao gramado no clássico contra o Fluminense, marcado para 19 de novembro. A expectativa é que Pedro atue com uma proteção especial no braço, dependendo diretamente da evolução de seu tratamento médico.
A volta de Pedro seria um reforço imensurável para o setor ofensivo, não apenas pela sua capacidade de finalização, mas também pela sua presença física e movimentação que abrem espaços para os companheiros. A dependência de outros atacantes, diante da ausência de Pedro, evidencia a importância do centroavante para o esquema tático do treinador e para a aspiração de conquistas do clube na temporada.

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