O Clube de Regatas do Flamengo se prepara para um confronto decisivo contra o Racing Club, da Argentina, em uma partida que definirá um dos finalistas da Copa Libertadores da América. O embate de volta ocorrerá nesta quarta-feira (29), no Estádio Presidente Perón, em Avellaneda, com pontapé inicial marcado para as 21h30. Após uma vitória apertada por 1 a 0 no jogo de ida, disputado no Maracanã, o Rubro-Negro carrega uma vantagem mínima. O time carioca precisa apenas de um empate para carimbar seu passaporte para a quinta final de Libertadores de sua gloriosa história. Por outro lado, a equipe argentina, comandada pelo técnico Fernando Gago, terá a pressão da torcida e a necessidade de reverter o placar. Para avançar, o Racing precisará de uma vitória por dois ou mais gols de diferença, um feito que os colocaria de volta em uma decisão continental após 58 longos anos. Em caso de um triunfo argentino por apenas um gol de margem, a vaga na final será decidida nas temidas disputas de pênaltis, adicionando uma camada extra de suspense e drama ao confronto.
A busca por um substituto de peso para o ataque
A delegação flamenguista chega a Buenos Aires com um desafio considerável: suprir a ausência de seu principal artilheiro, Pedro. O camisa 9, peça fundamental no esquema tático de Jorge Sampaoli, está fora da partida devido a uma fratura no antebraço direito, sofrida em um lance fortuito. Essa baixa obriga a comissão técnica a buscar alternativas para o setor mais avançado do ataque. Filipe Luís, auxiliar técnico e peça-chave na comunicação em campo, terá que ponderar cuidadosamente suas opções para preencher a lacuna deixada por Pedro no comando do ataque. A escolha do centroavante titular será crucial para manter o poder ofensivo da equipe em um jogo de tamanha importância e pressão, onde cada detalhe pode ser decisivo para o futuro do Mengão na competição mais cobiçada da América do Sul.
Bruno Henrique e a busca por recuperação em um novo papel
Dentro do elenco, Bruno Henrique surge como uma das alternativas mais experimentadas para atuar como centroavante. Ao longo da temporada, o atacante foi o jogador mais escalado nesta função específica, iniciando 16 partidas com a responsabilidade de ser a referência no ataque. No entanto, a sua performance mais recente diante do Fortaleza, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro, deixou a desejar. Essa atuação apagada, somada a declarações anteriores do próprio jogador indicando seu descontentamento em jogar centralizado, levanta questionamentos sobre sua adaptação e momento atual. Apesar de ter sido o mais utilizado na posição, Bruno Henrique precisa reencontrar seu melhor futebol para corresponder às expectativas em um momento tão delicado para o clube. A torcida rubro-negra espera que ele consiga superar as dificuldades recentes e mostrar a sua qualidade em campo, provando que pode ser a solução para o ataque.
As demais opções para o comando de ataque: Plata, Juninho e Wallace Yan
Além de Bruno Henrique, o técnico Sampaoli conta com outras opções para compor o setor ofensivo. Gonzalo Plata surge como um candidato com características que podem se encaixar no papel de “falso 9”. O equatoriano já atuou nesta função em momentos importantes da temporada, incluindo confrontos de peso contra equipes europeias no Mundial de Clubes. Sua mobilidade e capacidade de criar jogadas podem oferecer uma dinâmica diferente ao ataque flamenguista. Juninho e Wallace Yan são centroavantes de ofício, com instinto de goleador e forte presença na área. Contudo, ambos não vivem o seu melhor momento e tiveram poucas oportunidades como titulares nesta temporada. A escalação de um deles representaria uma aposta na sua capacidade de decisão dentro da grande área, buscando capitalizar sobre os cruzamentos e oportunidades criadas pela equipe.
Análise estatística das opções de centroavante
Uma análise detalhada das estatísticas das opções para a posição de centroavante revela nuances importantes. Bruno Henrique, com 16 partidas atuando como camisa 9, lidera em participação direta em gols, com três tentos anotados – dois na Supercopa do Brasil contra o Botafogo e um na Libertadores diante do Internacional – além de uma assistência. Sua média de 0,25 participação em gol por jogo nessa função o coloca à frente em termos de contribuição ofensiva.
Gonzalo Plata, por sua vez, esteve em seis jogos como centroavante, marcando um gol contra o Juventude e fornecendo duas assistências. Ele se destaca como o maior garçom entre os candidatos à posição, com uma média de 0,5 participação em gol por partida, indicando uma maior frequência de envolvimento direto em lances de ataque, seja finalizando ou servindo os companheiros. A sua versatilidade pode ser um trunfo para o esquema tático rubro-negro.
Juninho teve quatro aparições como centroavante nesta temporada, enquanto Wallace Yan jogou apenas uma vez na função em 2025. Nenhum dos dois conseguiu registrar gols ou assistências quando atuaram como referência no ataque, o que sugere que suas chances como titulares nesta partida decisiva podem ser menores, a menos que haja uma surpresa tática por parte da comissão técnica. A escolha final do treinador dependerá da estratégia a ser adotada e da análise do momento individual de cada atleta, visando explorar as fragilidades do adversário e garantir a classificação para a grande final.

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