O imbróglio envolvendo o Cuiabá e o Banco Inter, instituição financeira ligada ao acionista do Atlético-MG, Rafael Menin, ganhou novos contornos. A diretoria do clube mato-grossense apresentou documentos que comprovam a notificação e a resposta formal do Banco Inter à reclamação protocolada no Banco Central. A ação do Cuiabá visa rebater as declarações de Menin, que havia classificado a demanda como “inverídica”. O caso, que tem como cerne a contratação do atacante Deyverson pelo Atlético-MG, sem o pagamento de dívidas anteriores com o Cuiabá, pode ter implicações significativas no cenário do futebol brasileiro.
Cuiabá Reforça Acusações com Documentos Oficiais
A polêmica entre Cuiabá e Atlético-MG, que se arrasta nos bastidores, ganhou um novo capítulo com a apresentação de documentos pela diretoria do clube mato-grossense. Esses documentos, que incluem o ofício timbrado do Banco Inter, demonstram que a instituição financeira, ligada a Rafael Menin, foi formalmente notificada e respondeu à reclamação protocolada pelo Cuiabá no Banco Central. A iniciativa do Cuiabá é uma resposta direta às declarações de Menin, que havia contestado a veracidade da demanda do clube.
Banco Inter Confirma Notificação e Responde ao Cuiabá
O ofício do Banco Inter, endereçado ao Cuiabá Esporte Clube, é um dos pilares da defesa do clube mato-grossense. O documento confirma que a instituição financeira foi notificada por meio do Canal da Reclamação do Banco Central, sob o código de manifestação específico. A resposta do Banco Inter ao processo, registrada no sistema do Banco Central em 2 de junho de 2025, demonstra que a instituição cumpriu o prazo estabelecido pelo órgão regulador. A apresentação desses documentos reforça a posição do Cuiabá e evidencia a seriedade da questão.
O Caso Deyverson e as Dívidas em Jogo
O epicentro da disputa entre Cuiabá e Atlético-MG é a contratação do atacante Deyverson pela SAF atleticana. O Cuiabá alega que o Atlético-MG não quitou as dívidas existentes com o clube mato-grossense antes da transferência do jogador. Essa situação levou o Cuiabá a recorrer ao Banco Central, acusando o Banco Inter, como acionista relevante da SAF atleticana, de infringir a resolução nº 4.970 do Conselho Monetário Nacional. Essa resolução trata da relação de instituições financeiras com empresas sob seu controle ou influência. A questão central é a responsabilidade das instituições financeiras que investem em SAFs em relação às dívidas dos clubes.
Impacto Potencial no Futebol Brasileiro
A repercussão desse caso pode ir além das fronteiras dos clubes envolvidos. Caso o Banco Central acate as alegações do Cuiabá, o episódio poderá abrir precedentes significativos no futebol brasileiro. A decisão pode definir a responsabilidade das instituições financeiras que investem em SAFs em relação às pendências financeiras dos clubes. Isso poderia levar a uma maior fiscalização e transparência nas negociações e transferências de jogadores, protegendo os clubes e garantindo a saúde financeira do esporte.
Próximos Passos e Expectativas
Agora, a expectativa está voltada para a análise do Banco Central sobre o mérito da questão. O órgão regulador deverá avaliar as provas apresentadas e determinar se houve alguma infração por parte do Banco Inter. A decisão do Banco Central terá um impacto significativo no futuro das relações entre clubes, instituições financeiras e SAFs. O desfecho desse caso pode mudar a forma como as transações financeiras no futebol brasileiro são conduzidas, tornando o cenário mais transparente e responsável.

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