A temporada de 2025 tem sido um capítulo de desafios e questionamentos para Gabriel Barbosa, o Gabigol, no Cruzeiro. Apesar de ter desembarcado na Toca da Raposa com a bagagem de um histórico vencedor e a expectativa de ser a referência técnica do ataque, o camisa 9 ainda busca o protagonismo almejado, encontrando um cenário de concorrência acirrada e um papel secundário sob o comando do técnico Leonardo Jardim. A adaptação e a busca por recuperar a forma ideal são os temas centrais que circundam o futuro do atacante.
A Realidade Cruel de Gabigol no Cruzeiro
Chegar a um clube de grandeza como o Cruzeiro carrega consigo um peso significativo de expectativas, e Gabriel Barbosa não foge a essa regra. Contratado com o status de estrela, o atacante, que ostenta uma carreira repleta de conquistas, especialmente no cenário nacional, ainda não conseguiu replicar o brilho que o consagrou em outros palcos. Em 2025, o desempenho de Gabigol tem sido alvo de análises criteriosas, e a verdade é que ele se encontra em uma posição de reserva, vendo o titular Kaio Jorge assumir o posto de referência no setor ofensivo. Essa inversão de papéis não passou despercebida pela torcida celeste, que aguarda ansiosamente por uma atuação que transmita a segurança e a confiança esperadas de um jogador de seu calibre.
A comparação com o desempenho do companheiro de equipe, Kaio Jorge, tem sido inevitável. Enquanto o titular tem apresentado consistência e se tornado um pilar importante na estrutura tática de Leonardo Jardim, Gabigol ainda esbarra em dificuldades para impor seu ritmo e demonstrar a mesma efetividade. Essa oscilação, natural em processos de adaptação ou em momentos de menor inspiração, tem gerado um debate interno e externo sobre suas contribuições em campo. A visibilidade que o acompanha, fruto de sua trajetória vitoriosa, eleva ainda mais o patamar das cobranças e das comparações, tornando a busca por uma vaga no time titular um desafio diário e de alta pressão.
O Elevado Custo e as Dúvidas sobre o Futuro
Um dos fatores que inevitavelmente entra na equação ao se discutir a situação de Gabriel Barbosa no Cruzeiro é o seu expressivo salário. O atacante figura entre os jogadores mais bem remunerados do elenco, com vencimentos que ultrapassam os R$ 2 milhões mensais. Esse investimento financeiro, naturalmente, eleva as expectativas de retorno técnico e de desempenho em campo. Atualmente, ele é o segundo atleta com maior salário no clube, ficando atrás apenas de Matheus Pereira, o camisa 10 e titular absoluto da equipe, que tem desempenhado um papel crucial nas campanhas celestes. A discrepância entre o alto custo e o protagonismo em campo tem sido um ponto de atenção para a diretoria e para a comissão técnica.
O futuro de Gabigol na Toca da Raposa é, neste momento, um ponto de interrogação. Ao final da temporada de 2025, uma reunião estratégica está prevista para selar os próximos passos de sua carreira. Os bastidores do clube indicam que a palavra do técnico Leonardo Jardim terá um peso considerável nessa definição. O próprio jogador demonstra um desejo claro de compreender qual é o planejamento do comandante para o ano de 2026. Caso não se sinta contemplado como peça fundamental no projeto esportivo, a possibilidade de uma rescisão contratual e a busca por um novo clube ganham força. Por outro lado, se Jardim demonstrar uma mudança de perspectiva e o colocar nos planos como protagonista, a permanência de Gabriel Barbosa no Cruzeiro pode ser confirmada, reconfigurando o cenário atual.
A Respeitosa Distância e o Foco na Copa do Brasil
Um episódio recente que gerou burburinho entre os torcedores e observadores do futebol foi a ausência de qualquer manifestação de Gabigol em suas redes sociais em relação à conquista da Copa Libertadores da América pelo Flamengo, contra o Palmeiras, no último sábado, dia 29. O título, que teve sabor especial para o clube carioca, não foi acompanhado de nenhuma comemoração pública por parte do atacante. A explicação para esse silêncio, no entanto, reside em uma decisão ponderada e em demonstração de respeito.
Gabigol optou por manter uma postura de discrição e silêncio em relação ao seu ex-clube, o Flamengo. Essa escolha foi motivada, primordialmente, por um sentimento de lealdade e respeito para com o Cruzeiro e sua apaixonada torcida. Ao focar seus esforços na reta final da temporada, especialmente na busca pelo título da Copa do Brasil com a camisa celeste, o jogador entende que qualquer alusão ou comemoração voltada para o passado poderia gerar ruídos, mal-entendidos e conflitos desnecessários. A sua prioridade declarada é concentrar energias no presente, com o objetivo de contribuir significativamente para as metas do clube mineiro e, assim, reconquistar a confiança e o apoio da massa azul.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores







