O ex-atacante Guilherme Alves, que brilhou nos anos 2000 por clubes como Atlético-MG e Corinthians, agora comanda o Água Santa na Série D do Campeonato Brasileiro. Após subir o modesto Velo Clube para a elite do Campeonato Paulista, Guilherme assume o desafio de levar o Água Santa para a terceira divisão nacional.
Uma trajetória marcante
Guilherme começou sua carreira no Marília e logo chamou a atenção de Telê Santana, técnico lendário do São Paulo, que o contratou em 1993. Sob o comando de Telê, Guilherme integrou o elenco campeão da Libertadores e do Mundial de Clubes naquele ano. O ex-atacante afirma que Telê Santana foi sua maior inspiração, especialmente no que diz respeito à dedicação à parte técnica e às correções durante os treinos.
Destaque na Europa e no Brasil
Depois de se destacar pelo São Paulo, Guilherme foi contratado pelo Rayo Vallecano, da Espanha, em 1994. Ele considera que sua passagem pelo futebol europeu foi fundamental para sua formação como treinador, especialmente no desenvolvimento tático. De volta ao Brasil, Guilherme viveu seus melhores momentos como jogador pelo Atlético-MG, sendo artilheiro do Brasileiro de 1999 e chegando à Seleção Brasileira.
A transição para o comando técnico
Após se aposentar precocemente aos 31 anos, Guilherme começou sua carreira como treinador, passando por clubes de divisões inferiores antes de se destacar no Velo Clube. No ano passado, ele levou o modesto time de Rio Claro à elite do Campeonato Paulista, conquistando um improvável título da Série A2.
O desafio do Água Santa
Agora, Guilherme assume o Água Santa na reta final da Série D do Campeonato Brasileiro. O time de Diadema precisa vencer o último jogo da fase de grupos e torcer por tropeços de seus concorrentes diretos para garantir a classificação às fases eliminatórias. Com a experiência em acessos e jogos decisivos, Guilherme acredita que o Água Santa tem condições de conquistar o tão sonhado acesso à Série C.
O estilo de Guilherme como treinador
Guilherme se define como um treinador que gosta de propor o jogo, preferindo não adotar uma postura reativa. Ele se espelha no trabalho do técnico Abel Ferreira, do Palmeiras, destacando a importância da mentalidade de resiliência e do poder mental de uma equipe. Apesar da confiança no elenco do Água Santa, o treinador sabe que será necessário adaptar-se às condições que a Série D impõe.
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