A temporada de 2025 tem se mostrado um verdadeiro turbilhão para o Corinthians. O clube iniciou o ano com o pé direito, erguendo a taça do Campeonato Paulista em um clássico emocionante contra seu maior rival. Contudo, a euforia inicial não se sustentou, e a equipe logo entrou em uma fase de instabilidade que culminou na saída do técnico Ramón Díaz. Em busca de reencontrar o caminho das vitórias e apresentar um futebol mais convincente, a diretoria corintiana apostou na chegada de Dorival Júnior, incumbido da árdua tarefa de reorganizar o time e impulsionar uma evolução significativa.
A Encruzilhada de Dorival Júnior no Parque São Jorge
Desde que assumiu o comando técnico do Timão, Dorival Júnior tem vivenciado momentos de brilho intercalados com períodos de questionamento. A equipe conseguiu emplacar vitórias importantes em clássicos e avançar em fases decisivas da Copa Betano do Brasil, onde já figura entre os semifinalistas. No entanto, a inconsistência apresentada em outras partidas tem sido alvo de severas críticas por parte da torcida e da imprensa. Essa oscilação no desempenho coloca o futuro do treinador em 2026 em uma posição delicada, sujeita a desfechos específicos nas competições em andamento.
A permanência de Dorival Júnior no Parque São Jorge, segundo informações apuradas, está diretamente ligada ao cumprimento de algumas metas cruciais. A conquista do título da Copa Betano do Brasil, torneio em que o Corinthians enfrenta o Cruzeiro na semifinal, surge como o principal caminho para a sua continuidade no cargo. Um título de expressão como esse teria o poder de apagar as dúvidas e solidificar sua posição para a próxima temporada.
Rotas Alternativas para a América do Sul e o Futuro
Além do título inédito na Copa do Brasil, existe uma outra via que garantiria a tranquilidade da diretoria corintiana em relação ao comando técnico. A classificação para a Copa Libertadores da América em 2026 é um objetivo igualmente importante. Essa vaga pode ser assegurada de duas maneiras distintas: ou através da consagração como campeão da Copa do Brasil, como já mencionado, ou, em caso de eliminação no mata-mata, alcançando a 8ª posição no Campeonato Brasileiro Betano. Essa meta no Brasileirão, no entanto, também depende de outros resultados, especificamente de vitórias de Cruzeiro ou Fluminense na Copa do Brasil, o que abriria uma vaga adicional no principal torneio continental.
A projeção de Dorival Júnior em 2026, portanto, está diretamente atrelada a esses desfechos. A diretoria tem clareza sobre o que espera, e a pressão por resultados positivos é palpável. A busca por uma vaga na Libertadores, seja pelo título ou pela classificação no Brasileirão, torna-se um divisor de águas para o trabalho do treinador. O torcedor corintiano acompanha de perto, na expectativa de que o clube consiga atingir um desses objetivos e, assim, assegurar a permanência de Dorival Júnior para desenvolver um projeto a longo prazo.
A Sombra de Tite e os Números Atuais
Um fator adicional que adiciona tempero à situação é a disponibilidade de Tite no mercado. O renomado treinador já manifestou publicamente seu desejo de retornar à atividade em 2026 e, segundo relatos, já teria recebido sondagens. A presença de um nome com o peso de Tite livre no mercado pode se tornar uma alternativa tentadora para a diretoria corintiana caso Dorival Júnior não consiga atingir os objetivos traçados. Essa possibilidade, ainda que hipotética, contribui para a atmosfera de incerteza que cerca o futuro do atual comandante.
Quando analisamos os números de Dorival Júnior à frente do Corinthians, o cenário se mostra complexo. Em 36 partidas comandadas até o momento, o treinador contabiliza 16 vitórias. Esses números, por si só, não são avassaladores e não chegam a empolgar a massa corintiana. No entanto, ainda há uma parte considerável da temporada pela frente, e a esperança é que esses números possam ser significativamente melhorados nas rodadas finais. A possibilidade de conquistar um título de expressão, como a Copa do Brasil, pode reescrever a narrativa e garantir a permanência de Dorival Júnior, transformando um ano de altos e baixos em um período de sucesso e redenção para o Corinthians.

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