A noite foi de frustração para o Corinthians na Argentina, em um confronto decisivo pela Sul-Americana. O time paulista foi derrotado pelo Huracán por 1 a 0, em um jogo marcado por dificuldades e falta de efetividade. O revés, somado ao empate do América de Cali com o Racing (URU), selou a eliminação do Timão da competição. A equipe, que precisava de um resultado positivo para seguir adiante, viu suas esperanças ruírem diante de um adversário que soube se defender e aproveitar as oportunidades. A seguir, os detalhes da partida e a análise do desempenho corintiano.
Domínio inicial sem concretização
O confronto, disputado em um clima frio de 12 graus no Estádio El Palacio, em Buenos Aires, começou com muita intensidade e disputas acirradas. As duas equipes demonstraram garra e determinação, resultando em um jogo com muitos lances faltosos e cartões amarelos. O Corinthians, buscando a posse de bola e a criação de jogadas ofensivas, encontrou dificuldades para furar a defesa bem postada do Huracán. Apesar do domínio territorial, o Timão esbarrou na dificuldade de acelerar as ações e finalizar com precisão. A única chance clara de gol no primeiro tempo surgiu em um chute de Martínez, que acabou indo por cima do gol.
Enquanto o Corinthians tentava impor seu jogo, o Huracán, mesmo jogando mais recuado, mostrava perigo nos contra-ataques. Em uma das melhores oportunidades, Leonardo Sequeira recebeu um cruzamento, girou sobre a defesa corintiana e finalizou, obrigando o goleiro Hugo Souza a fazer uma grande defesa para evitar o gol. A estratégia do time argentino de apostar nos contra-ataques e na solidez defensiva se mostrou eficaz, frustrando as tentativas do Corinthians de abrir o placar.
Segundo tempo com gol e dificuldades
A etapa complementar começou de maneira desfavorável para o Corinthians. Logo no primeiro lance, o Huracán aproveitou um cruzamento pela direita e Watson, livre na área, finalizou, mesmo com a defesa de Hugo Souza, a bola entrou. A desvantagem no placar exigiu uma reação imediata do Corinthians, mas o time encontrou dificuldades para furar a forte marcação do Huracán, que se fechou ainda mais. O técnico Dorival Jr. tentou mudar o panorama, colocando Rodrigo Garro em campo, mas a equipe argentina continuou sendo mais perigosa.
O Huracán continuou criando chances de perigo, mostrando que estava com a estratégia bem definida. Aos 17 minutos, Leonardo Sequeira, novamente, protagonizou um lance de perigo, cortando a defesa corintiana e finalizando com perigo, a bola passou raspando a trave. Mesmo com Garro em campo, o Corinthians encontrou dificuldades para criar jogadas ofensivas consistentes, dependendo de bolas paradas e cruzamentos para tentar chegar ao gol.
Reação tardia e o fim da esperança
Diante da desvantagem no placar, o Corinthians se lançou ao ataque, buscando desesperadamente o gol de empate. A equipe apostou em cruzamentos para a área, mas a defesa do Huracán se mostrou eficiente, afastando o perigo. Em um lance polêmico, o Corinthians chegou a ter um pênalti marcado a seu favor, após um toque de mão de um defensor do Huracán. No entanto, após análise do VAR, a infração foi corrigida, e a penalidade foi anulada.
Com o tempo passando, o Corinthians demonstrava cansaço e dificuldade de criar jogadas. O Huracán, por outro lado, soube administrar a vantagem e garantiu o resultado até o final da partida. A esperança de classificação do Corinthians dependia também do resultado do outro jogo do grupo, entre América de Cali e Racing (URU). A situação era favorável ao time paulista, pois o Racing (URU) estava vencendo a partida. No entanto, no último lance, o América de Cali conseguiu o empate, frustrando de vez os planos do Corinthians.
Análise da eliminação
A eliminação do Corinthians na Sul-Americana é um duro golpe para o clube e seus torcedores. A equipe demonstrou dificuldades em impor seu jogo, principalmente contra adversários que se defendem bem e apostam nos contra-ataques. A falta de efetividade nas finalizações e a dificuldade em furar a defesa adversária foram fatores determinantes para a derrota. Além disso, a atuação apática no segundo tempo e a falta de organização tática foram evidentes.
O Corinthians precisa refletir sobre os erros cometidos e buscar soluções para melhorar seu desempenho. A equipe precisa trabalhar a criação de jogadas ofensivas, aprimorar a finalização e fortalecer a organização tática. A eliminação na Sul-Americana serve como um alerta, mostrando que é preciso evoluir para alcançar os objetivos na temporada.
O que esperar do futuro?
Após a frustrante eliminação, o Corinthians precisa focar suas atenções nas próximas competições. O clube tem pela frente desafios importantes no Campeonato Brasileiro e na Copa do Brasil. É fundamental que a equipe se recupere mentalmente e trabalhe para corrigir os erros, buscando um desempenho melhor. A diretoria também terá que analisar o elenco e identificar as necessidades de reforços para fortalecer a equipe. O futuro do Corinthians depende da capacidade do clube em se recuperar, aprender com os erros e se reinventar. A torcida, mesmo decepcionada, espera que o time mostre garra, determinação e, acima de tudo, um futebol de qualidade.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores