O Corinthians foi condenado pela FIFA a pagar R$40,4 milhões ao meia paraguaio Matías Rojas devido a atrasos no pagamento de luvas e imagem. O advogado Rafael Botelho, sócio do escritório PVBT Law e representante de Rojas, detalhou o processo em entrevista ao “Seleção sportv”.
Histórico do Litígio
De acordo com Botelho, a dívida do Corinthians com Rojas teve início no ano passado e persistiu mesmo com a nova gestão do clube. A equipe não procurou Rojas e seus representantes para negociar um acordo. Antes de acionar a rescisão contratual unilateral, Rojas aceitou um acordo de pagamento em seis parcelas sem multa para ajudar o Corinthians, mas o clube não cumpriu o combinado.
Tentativas de Negociação
Segundo o advogado, o Corinthians pagou apenas a primeira parcela do acordo e não pagou a segunda, mesmo com o contrato prevendo cinco dias de carência. Após notificarem o clube e dar mais uma semana de prazo, Rojas rescindiu o contrato em 28 de fevereiro e entrou com ação na FIFA em março, não tendo mais contato com o Corinthians desde então.
Pagamento das Luvas
De acordo com Botelho, o pagamento das luvas de Rojas estava acertado em três parcelas: julho, setembro e dezembro do ano passado. No entanto, o Corinthians não realizou nenhum desses pagamentos. Em julho, foram pagos apenas os impostos, e em dezembro, a dívida acumulada já era de R$8 milhões.
Rescisão e Condenação
Mesmo com a possibilidade de Rojas rescindir o contrato em dezembro, ele optou por esperar a virada do ano para tratar com a nova diretoria do Corinthians. Porém, não houve qualquer contato para resolver a situação, levando Rojas a rescindir o contrato e entrar com ação na FIFA, resultando na condenação do clube a pagar R$40,4 milhões.
Tentativas de Acordo
Segundo o advogado, eles tentaram contato com o Corinthians para propor um acordo em valor menor, evitando a condenação e a possível punição de até duas janelas de transfer ban. No entanto, não obtiveram resposta do clube, sendo obrigados a prosseguir com a ação na FIFA.
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