O cenário político no Corinthians segue em ebulição. Romeu Tuma Jr., presidente do Conselho Deliberativo, enviou uma carta aos conselheiros, detalhando sua posição sobre os recentes acontecimentos no clube, principalmente a tentativa de afastamento que ele classifica como “golpe”. Na carta, Tuma Jr. afirma que não foi notificado sobre qualquer decisão da Comissão de Ética. Ele também questiona a validade da ata utilizada na suposta decisão de afastamento, argumentando que ela não foi assinada pelos membros da comissão e que a mesma seria ilegal.
A “Tentativa de Golpe” no Parque São Jorge
Os bastidores do Corinthians estão agitados. Romeu Tuma Jr. expôs sua visão sobre o que aconteceu na sede do clube, o Parque São Jorge. Ele alega que houve uma “tentativa de golpe” por parte de membros da antiga gestão. Tuma Jr. enfatiza que a suposta decisão de afastá-lo não tem validade legal, descrevendo-a como “descabida, sem efeitos e inexistente no mundo jurídico-administrativo”. Essa declaração acende um alerta sobre a instabilidade política que o clube enfrenta.
A Ata e a Comissão de Ética: Pontos de Controvérsia
Um dos pontos centrais da carta de Tuma Jr. é a questão da ata utilizada na tentativa de afastamento. Ele argumenta que a ata não possui validade, pois não foi assinada pelos membros da Comissão de Ética. Além disso, Tuma Jr. questiona a própria competência da comissão para tomar tal decisão, afirmando que ela não tem poder para interferir diretamente na composição do Conselho Deliberativo. Essa disputa sobre a validade da ata evidencia a complexidade jurídica e política que envolve o caso.
A Visão Jurídica de Tuma Jr. e o Estatuto do Clube
Tuma Jr. fundamenta sua posição na interpretação do estatuto do Corinthians. Ele ressalta que a Comissão de Ética é um órgão subordinado ao Conselho Deliberativo, e que qualquer decisão da comissão deve ser referendada pelo Conselho. Tuma Jr. cita o artigo 81 do estatuto, que define as competências do Conselho Deliberativo, incluindo o julgamento de membros da diretoria e da própria Comissão de Ética. Ao enfatizar o estatuto, Tuma Jr. busca solidificar sua posição e contestar a legalidade da tentativa de afastamento.
A Justiça e a Rejeição da “Decisão”
A carta de Romeu Tuma Jr. também menciona a atuação da Justiça Comum no caso. Ele relata que a Justiça já se manifestou sobre o tema, afastando as pretensões dos envolvidos na tentativa de afastamento. Essa menção demonstra que a disputa política no Corinthians extrapolou os limites internos do clube e chegou ao âmbito judicial. A decisão da Justiça, segundo Tuma Jr., reforça a sua posição e a invalidade da suposta decisão de afastamento.
Conclusão: A Luta pela Integridade do Conselho
Em sua carta, Romeu Tuma Jr. deixa claro que não aceitará a “utilização oportunista” de uma ata sem validade legal para prejudicar o clube. Ele reitera seu compromisso com a defesa das decisões democráticas do Conselho Deliberativo e anuncia que tomará as medidas legais e administrativas cabíveis contra os responsáveis pelos recentes acontecimentos. A carta de Tuma Jr. é um sinal da persistência da crise política no Corinthians, com o presidente do Conselho Deliberativo reafirmando sua posição e prometendo lutar pela integridade do clube.

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