A reta final do Campeonato Brasileiro de 2025 reserva um desafio significativo para o Botafogo, que busca consolidar sua posição e sonha com uma vaga na Copa Libertadores da América. Grande parte dessa jornada decisiva acontecerá no Estádio Nilton Santos, o “Nilton Santos”, onde o Glorioso disputará quatro de seus sete jogos restantes. A torcida alvinegra deposita suas esperanças no desempenho da equipe como mandante, buscando um impulso fundamental para alcançar os objetivos traçados na temporada. No entanto, um fator que tem gerado preocupação e debates é o aproveitamento do técnico Davide Ancelotti no comando do time em seus domínios, um dado que se mostra menos expressivo quando comparado a outros comandantes da era SAF.
O Desempenho em Casa: Um Raio-X Detalhado na Era SAF
A análise do desempenho de técnicos sob o comando da SAF no Botafogo revela um cenário de variabilidade notável, especialmente quando o foco recai sobre os resultados obtidos no Estádio Nilton Santos. A busca por uma identidade tática e por resultados consistentes tem sido uma constante desde a implementação do novo modelo de gestão. Nesse contexto, o aproveitamento em casa de Davide Ancelotti tem sido um ponto de atenção. O técnico italiano acumula, até o momento, um percentual de 51,2% de aproveitamento em 13 partidas realizadas no Nilton Santos. Essa marca o posiciona em uma faixa intermediária, superando apenas Lúcio Flávio, que teve uma passagem efêmera e com resultados aquém do esperado, com míseros 8,3% em quatro jogos. A comparação é ainda mais contrastante quando olhamos para o topo da lista, onde Renato Paiva se destaca com um impressionante aproveitamento de 92,5%, fruto de nove jogos, oito vitórias e um empate, evidenciando um período de forte domínio em casa sob sua liderança.
Artur Jorge e a Busca por Consistência no Nilton Santos
O português Artur Jorge, que antecedeu Renato Paiva na lista de aproveitamento em casa, também deixou sua marca no Estádio Nilton Santos. Ao longo de 26 partidas disputadas como mandante, o treinador alcançou um aproveitamento de aproximadamente 74,3%. Esse número demonstra uma capacidade de fazer do Nilton Santos uma fortaleza em determinados períodos, sendo um indicativo de que a construção de uma equipe vitoriosa em casa é um processo que demanda tempo e ajustes. A estabilidade obtida por Artur Jorge serve como um parâmetro, e a torcida espera que Davide Ancelotti consiga replicar ou até mesmo superar essa performance em sua atual passagem.
Luís Castro e a Base da Era SAF
Como o primeiro treinador a comandar o Botafogo sob a gestão da SAF, Luís Castro estabeleceu a base para os anos seguintes. Em 39 jogos no Estádio Nilton Santos, o treinador português obteve um aproveitamento de 59,8%. Seus números, embora não os mais expressivos em termos percentuais, refletem um período de construção e adaptação ao novo modelo. A longevidade de seu trabalho permitiu a observação de um processo de evolução, e seus resultados servem como um ponto de referência para a análise do desempenho dos técnicos subsequentes. Bruno Lage, com 62,5% em 8 jogos, e Tiago Nunes, com 54,1% em 8 jogos, completam o quadro, cada um com seus períodos e desafios.
O Calendário Próximo e a Oportunidade de Virada
A agenda do Botafogo na reta final do Brasileirão de 2025 apresenta uma sequência de jogos em casa que pode ser crucial para suas ambições. Após o empate sem gols contra o Mirassol fora de casa, o Glorioso se prepara para um clássico emocionante contra o Vasco, válido pela 32ª rodada, no Estádio Nilton Santos. A expectativa é de um confronto acirrado e com grande apoio da torcida. Na sequência, o time carioca terá a oportunidade de capitalizar jogando em seus domínios contra Sport e Fortaleza, além de enfrentar o Grêmio. Essas partidas em casa contra adversários diretos podem ser determinantes para a classificação à Libertadores. O Botafogo ocupa atualmente a sexta posição na tabela, com 48 pontos, e cada resultado positivo em casa se torna um passo vital em direção ao seu objetivo.

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