O Botafogo enfrenta um momento de turbulência no Campeonato Brasileiro de 2025. Após a derrota por 1 a 0 para o Atlético-MG no Mineirão, a equipe carioca acumula três jogos sem vitória, ocupando a 14ª posição na tabela com apenas cinco pontos conquistados em 15 possíveis. O revés expôs fragilidades tanto no ataque quanto na defesa, reacendendo a preocupação da torcida e levantando questionamentos sobre o desempenho do time, que almejava voos mais altos na competição.
Início Promissor, Declínio Ofensivo
A partida começou com o Botafogo buscando impor seu ritmo, controlando a posse de bola e pressionando o Atlético-MG em seu campo de defesa. A estratégia inicial, com linhas altas e troca de passes desde o setor defensivo, demonstrava a intenção de ditar o ritmo do jogo. No entanto, essa iniciativa não se traduziu em chances claras de gol. Apesar do volume de posse de bola, a equipe carioca encontrou dificuldades em penetrar na defesa adversária e criar oportunidades de finalização. A falta de agressividade e de efetividade no último terço do campo comprometeram a capacidade do Botafogo de transformar o domínio territorial em vantagem no placar.
Defesa Remendada e Falhas Decisivas
A ausência de Barboza, desfalque de última hora devido a dores musculares, forçou a escalação de David Ricardo na zaga. A jovem promessa, apesar de mostrar potencial, não conseguiu evitar as investidas do ataque atleticano. A defesa, como um todo, suportou a pressão inicial, mas sucumbiu em um lance de bola parada. O gol do Atlético-MG, marcado de cabeça por Cuello após cobrança de escanteio, expôs a fragilidade na marcação e a desatenção da defesa alvinegra. O goleiro John também falhou, perdendo o tempo da bola e se atrasando para fechar o ângulo.
Mudanças Táticas e Pouca Efetividade
No segundo tempo, o Botafogo tentou mudar a dinâmica do jogo, apostando na velocidade dos atacantes, especialmente Matheus Martins. No entanto, o ponta não conseguiu produzir jogadas efetivas, errando passes e tomadas de decisão. A expulsão de David Ricardo, após falta em Hulk, complicou ainda mais a situação da equipe carioca, que se viu obrigada a jogar com um a menos por boa parte da etapa final. As substituições promovidas pelo técnico Renato Paiva, com as entradas de Alex Telles, Mateo Ponte e Danilo Barbosa, não surtiram o efeito desejado. O time perdeu organização e poder de fogo, facilitando o trabalho da defesa atleticana.
Atuações Individuais Abaixo do Esperado
Alguns jogadores do Botafogo tiveram atuações particularmente decepcionantes. Gregore e Matheus Martins foram os mais criticados pela torcida, que esperava mais deles. Igor Jesus, apesar de se esforçar na busca pela bola, não conseguiu criar chances de gol. Savarino também não conseguiu desequilibrar, sendo pouco efetivo no ataque. A falta de inspiração e de entrosamento entre os jogadores comprometeram o desempenho coletivo da equipe.
Próximos Desafios e a Busca pela Reabilitação
O Botafogo terá pouco tempo para lamentar a derrota. Na quarta-feira, a equipe viaja para a Argentina para enfrentar o Estudiantes, em um confronto decisivo pela fase de grupos da Libertadores. No sábado, o Alvinegro volta a campo pelo Brasileirão para um clássico contra o Fluminense. Para se reabilitar e afastar a crise, o Botafogo precisará mostrar uma postura diferente, com mais organização tática, mais agressividade no ataque e mais solidez na defesa. A torcida espera uma reação imediata do time, que precisa resgatar a confiança e voltar a vencer.
Declarações Pós-Jogo Refletem Preocupação
O lateral-esquerdo Alex Telles admitiu o momento ruim vivido pelo Botafogo, reconhecendo a responsabilidade do elenco na situação. O técnico Renato Paiva também lamentou a falta de resultados positivos, mas demonstrou confiança na capacidade do grupo de superar as dificuldades. As declarações refletem a preocupação com o desempenho da equipe, mas também a determinação de trabalhar para reverter o quadro e buscar a recuperação no Campeonato Brasileiro e na Libertadores.

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