O artigo analisa os planos e estratégias do empresário John Textor, dono da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) do Botafogo, para a construção de um novo centro de treinamento (CT) da equipe. Inicialmente, a ideia era construir o maior CT da América Latina, que abrigaria todas as categorias de base do clube, além de servir de campo de treinamento para os times da rede do empresário norte-americano, como o Lyon e o Crystal Palace. No entanto, essa proposta esbarrou em dificuldades de negociação com a Prefeitura do Rio de Janeiro, que não tinha disponível o terreno solicitado pelo Botafogo.
A evolução do projeto
Diante desse obstáculo, Textor decidiu mudar os planos e adotar uma nova estratégia. Ele revelou que o Espaço Lonier, atual CT do Botafogo, será o local de trabalho do time profissional e das equipes mais velhas da base. Para as categorias mais jovens, o clube buscará um novo terreno, com um conceito diferente: a criação de um centro de excelência em que clubes de todo o mundo possam treinar, se encontrar e desenvolver atletas, chamado de “O Coletivo”.
O conceito de “O Coletivo”
Nesse novo projeto, o Botafogo convida outros clubes, como o Atlético de Madrid, uma grande equipe da Colômbia e dois clubes da Premier League, para participar desse centro de treinamento conjunto. A ideia é que os jovens atletas possam treinar, se desenvolver e, eventualmente, serem negociados entre os clubes participantes, criando um ambiente de colaboração e intercâmbio de talentos.
Investimentos no Espaço Lonier
Enquanto trabalha no novo projeto, Textor e a diretoria do Botafogo manterão os investimentos no Espaço Lonier, que passou por melhorias recentemente, incluindo a criação de um Núcleo de Saúde e Performance. O norte-americano afirma que não há mais discussões com a Prefeitura do Rio de Janeiro sobre a obtenção de um novo terreno para a construção do CT.
Desafios e soluções
Textor reconhece que a negociação com a Prefeitura para a obtenção de um terreno não foi fácil, enfrentando desafios típicos de desenvolvimento, como questões de urbanização, meio ambiente e outros aspectos. Embora ainda tenha o desejo de realizar investimentos significativos no Estádio Nilton Santos, como a remoção da pista de atletismo, o empresário afirma que não pode se dar ao luxo de investir em um ativo que não é de sua propriedade.
Conclusão
Com a evolução dos planos para o centro de treinamento do Botafogo, John Textor demonstra sua capacidade de adaptação e sua visão estratégica para integrar o clube a uma rede global de parcerias e intercâmbio de talentos. Apesar dos desafios enfrentados, o empresário permanece determinado a encontrar soluções para o desenvolvimento da infraestrutura do Alvinegro, buscando um modelo que possa beneficiar não apenas o Botafogo, mas também outros clubes no Brasil e no exterior.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores