Com a reta final do campeonato em andamento, o Botafogo está mais do que nunca focado em conquistar títulos. E um dos principais jogadores do time, o zagueiro Barboza, está determinado a fazer o que for necessário para ajudar o time a alcançar a vitória. Em uma entrevista recente, Barboza revelou que comprou cerca de 70 ingressos para a final da Libertadores, que será disputada no Monumental de Nunez, em Buenos Aires, para que seus familiares e amigos possam assistir ao jogo.
A determinação de Barboza
Barboza é um jogador que não mede esforços para alcançar seus objetivos. E, nesse caso, ele está disposto a fazer um sacrifício financeiro para garantir que seus familiares e amigos possam estar presentes na final da Libertadores. “Meu salário vai ficar nos ingressos da final”, disse ele, entre risadas. É uma atitude que mostra a determinação e o compromisso de Barboza em fazer o que for necessário para ajudar o time a conquistar o título.
A evolução de Barboza no Botafogo
Barboza chegou ao Botafogo em janeiro com o cartaz de titular, mas seu estilo de jogo lhe rendeu um alto número de cartões no início. Com o tempo, ele identificou a necessidade de adaptação a um jogo mais técnico e aprimorou sua saída de bola. Ao lado de Bastos, ele formou uma dupla que se complementa, e juntos eles estão fazendo uma ótima temporada.
“Aqui, você encosta no cara, ele cai no chão, grita, faz barulho. E eu tive que modificar esse jogo, na minha medida. A saída com bola eu sempre gostei, desde os sete anos no River… Então, sempre a qualidade foi trabalhada. Gosto de sair com a bola e não a chutar para qualquer lado, e o Mister (Artur Jorge) me deixa jogar. Acho que com treino e adaptação já qualifiquei e, hoje, me sinto cômodo”, disse Barboza.
O ambiente no Botafogo
Barboza também falou sobre o ambiente no Botafogo, dizendo que o time está obcecado por conquistar títulos. “Não estava aqui no ano passado, sei das coisas que aconteceram porque acompanhava o futebol brasileiro. Hoje estou aqui e só vejo gente que quer ganhar. Não vejo outra coisa, só quem quer ser campeão. A gente briga demais todo treino, é muita competitividade”, disse ele.
Ele também pediu tranquilidade à torcida, dizendo que o time está fazendo tudo o que pode para conquistar os títulos. “Entendo o torcedor sobre o que aconteceu no passado. Mas também aqui se falaram muitas coisas. Seis rodadas atrás, Palmeiras ficou a um ponto e falaram: ‘Ah, o Botafogo outra vez…. Calma, aqui a gente vai brigar de verdade para ser campeão. Ninguém quer mais do que nós. Eles precisam ter tranquilidade de que vamos fazer tudo para ganhar”, disse Barboza.
O sonho de Barboza
Barboza também falou sobre seu sonho de jogar pela seleção uruguaia. Ele está fazendo os papéis para representar a seleção uruguaia e espera receber a ligação de Marcelo Bielsa ou algum agente do Uruguai. “Meu pai é uruguaio e estou fazendo os papéis para representar a seleção uruguaia. É o sonho do meu pai, para mim sempre foi um objetivo, mas via muito longe. Porque eu jogava na Argentina, no Defensa y Justicia, e o clube não era o que é hoje. Então era muito difícil chegar a uma seleção ali”, disse ele.
A final da Libertadores
Barboza também falou sobre a final da Libertadores, dizendo que o jogo será difícil, mas que o time está preparado. “São jogadores tops. O cara chuta do meio-campo, não é normal. Precisamos estar preparados para isso. E não é só Hulk, todo o time do Atlético-MG é muito bom. E, pensando na final, é só um jogo. Temos que estar ligados 100%, vai ser difícil. Eles já perderam uma final, então vão querer ganhar de qualquer jeito. Mas a gente também quer, vai ser uma briga forte”, disse ele.
Ele também falou sobre a emoção de fazer seu primeiro gol na Libertadores, que foi contra o Peñarol. “A família do meu pai é toda do Uruguai, eles sempre acompanharam minha carreira. Um pouco longe, da Argentina, eles sempre viam pela TV, então para mim, fazer meu primeiro gol na Libertadores contra um time uruguaio, do qual o meu pai é torcedor… Meu primeiro gol pelo Botafogo, foram muitas coisas que passaram no meio do caminho. E eu queria muito fazer um gol, cheguei aqui em janeiro, minha avó partiu em julho. Eu estava aqui quando ela faleceu e foi muito difícil. Ela morava com minha mãe, então ela era minha segunda mãe. Eu queria muito fazer um gol para ela, sabe? Eu pedi, pedi, pedi e esse gol chegou, junto com a final da Libertadores, com tantas coisas que eu queria muito”, disse ele.
Barboza também falou sobre o cuidado que precisa ter para não se machucar na reta final do campeonato. “Cuidado do jogador é muito importante, ainda mais quando está chegando o final do ano. Mas temos os nossos objetivos. Sabemos que, se ganhamos os próximos três jogos do Brasileiro, o campeonato é nosso. E temos uma final pela frente. É jogo a jogo de verdade, e vou entregar tudo jogo a jogo. Se machuco, só Deus saberá. Essa é a mentalidade que precisamos ter. Não pensar daqui a duas semanas, na final da Libertadores, porque isso faria deixar o Brasileiro de lado, nossa ideia é ganhar tudo”, disse ele.
Por fim, Barboza falou sobre sua identificação com o funk e a vida no Brasil. “Eu gosto muito do funk, e pagode conheci agora quando cheguei ao Brasil. Também gosto, mas funk muito mais. Quando era garoto, eu e meu primo morávamos juntos, foi ele quem mostrou esse estilo para mim. Em um momento da minha vida, em 2015, minha vida era só funk. Não escutava cumbia, música argentina, só funk. Na Argentina não se escuta, mas no Paraguai sim. Eu morei três anos lá. E quando você vai a um bar, tomar um drink com amigos, só dá funk”, disse ele.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores