Na noite desta terça-feira, o Atlético-MG e o River Plate se enfrentam na Arena MRV, na primeira partida da semifinal da Libertadores. O duelo entre os dois times é especial, pois coloca frente a frente dois nomes relevantes do futebol argentino: Gabriel Milito e Marcelo Gallardo. Em 2021, os dois protagonizaram uma briga à beira do campo em uma partida entre Argentino Juniors e River Plate.
Um passado conturbado
Em 2021, Milito e Gallardo se estranharam à beira do gramado em uma partida válida pelas oitavas de final da Libertadores. O jogo foi marcado por uma confusão na área técnica, que foi captada pelos microfones. Durante a partida, os dois se desentenderam por conta de divergência em relação à arbitragem. Depois do apito final, Gallardo foi até Milito para uma conversa.
Os microfones captaram a conversa entre os dois treinadores, que revelou uma certa tensão entre eles. “Você não pode me mandar a calar”, disse Milito para Gallardo. O técnico do River respondeu: “Eu disse que não aguentava mais você pedir cartão amarelo”. A conversa foi tensa, mas Gallardo tentou minimizar a situação em uma coletiva de imprensa.
Uma relação complicada
Gallardo disse que a relação dele com Milito é boa e que a conversa foi apenas sobre a forma como viam o jogo. No entanto, a história entre os dois treinadores é mais complicada do que isso. Milito enfrentou Galhardo por nove vezes quando comandou o Estudiantes e o Argentino Juniors. São cinco vitórias para o adversário do Galo desta terça, três empates e apenas uma vitória de Milito nos confrontos.
Um marco importante para Milito
Quando colocar o Atlético em campo nesta terça-feira diante do River Plate no jogo de ida da semifinal da Libertadores, na Arena MRV, Milito completará 50 jogos no comando do Galo. O técnico já é o argentino que mais vezes comandou a equipe mineira na história, superando Sampaoli e Turco Mohamed.
O trabalho de Milito no Atlético
O comentarista do Grupo Globo, Henrique Fernandes, elogiou o trabalho de Milito no Atlético. “É louvável a marca porque este é um trabalho que foi dificultado por período de muitas lesões exatamente quando ele parecia evoluir mais rápido. Diante disso, para mim o Atlético do Milito nesse intervalo é um time construído e reconstruído. Nesse momento, uma equipe consistente nas Copas quase sempre competitiva e mais equilibrada do que na chegada do argentino”, disse Fernandes.
Fernandes também destacou a experiência de Milito no futebol argentino como um ponto positivo para o treinador. “Acho que é positivo para o Milito ter vindo de um trabalho também longo em um time tradicional da Argentina. Isso dá ao treinador lastro para suportar pressões e paciência com a sequência dura de jogos”, disse o comentarista.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores