Em uma partida eletrizante e repleta de emoções, o Atlético-MG conseguiu arrancar um empate sem gols contra o Internacional, jogando no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, pela 31ª rodada do Campeonato Brasileiro de 2025. O confronto foi marcado por um primeiro tempo desafiador para o Galo, que precisou superar um início de jogo dominado pelos donos da casa e lidar com polêmicas de arbitragem que exigiram intervenção do VAR em três lances cruciais. Apesar das adversidades, incluindo uma expulsão, a equipe mineira demonstrou entrega tática e contou com a atuação inspirada de seu goleiro, Everson, para garantir um ponto valioso fora de casa.
Inter Impor o Ritmo Inicial e a Primeira Polêmica Arbitral
Desde os primeiros minutos, o Internacional tomou as rédeas da partida, impondo um ritmo intenso e sufocando a saída de bola do Atlético-MG. O cenário lembrava exibições anteriores do Galo, onde a equipe se via acuada, com a linha de cinco defensores trabalhando arduamente para conter as investidas coloradas. A dificuldade do time mineiro em propor o jogo e trocar passes se tornou um obstáculo evidente. Foi nesse contexto de domínio da equipe gaúcha que a primeira decisão controversa da arbitragem surgiu. Aos 12 minutos, em uma disputa pela bola com Borré, o zagueiro Vitor Hugo, do Atlético, foi considerado faltoso após carrinho, resultando em sua expulsão após consulta ao VAR. A decisão gerou forte reclamação por parte da delegação atleticana.
Reação do Atlético e Mais Dúvidas no Apito
Com a expulsão de Vitor Hugo, o técnico Sampaoli realizou uma substituição imediata, sacando Dudu para reforçar a zaga com Ruan Tressoldi. Poucos minutos depois, outra situação que gerou controvérsia ocorreu. Em uma jogada ofensiva do Atlético, o atacante Rony caiu na área após um toque de Bernabéi. O árbitro, inicialmente, marcou pênalti, mas, após nova revisão do VAR, voltou atrás em sua decisão, cancelando a marcação. A reta final do primeiro tempo foi de pressão total do Internacional, que por pouco não abriu o placar em oportunidades com Alan Patrick, que carimbou o travessão, e Bruno Tapa, cuja finalização foi defendida por Everson. A equipe gaúcha ainda acertou a trave com Thiago Maia, demonstrando seu volume ofensivo.
A Segunda Etapa: Mudanças, Reviravolta no VAR e Resistência Goleira
Para a segunda etapa, Sampaoli promoveu duas alterações, visando maior solidez defensiva e potencializar os contra-ataques. Natanael e Caio Paulista entraram nas vagas de Hulk e Fausto Vera. A estratégia surtiu efeito parcial, com o Atlético apresentando um maior organização tática, conseguindo neutralizar as ações ofensivas do Inter. No entanto, a arbitragem voltou a ser protagonista aos 13 minutos. Alan Patrick, do Internacional, recebeu cartão vermelho por uma falta em Júnior Alonso. Novamente, o VAR foi acionado e, após análise, o árbitro reverteu a decisão, mostrando o cartão amarelo para o jogador colorado. Essa foi a terceira vez que o VAR interveio em lances cruciais da partida.
Everson, Herói Inesperado e o Fechamento da Partida
Com um jogador a menos em campo desde o início, o Atlético-MG se postou de forma ainda mais defensiva, buscando segurar o resultado e explorando o jogo mais físico. Tentativas de organização no meio-campo com Bernard e Reinier não surtiram o efeito desejado. Do outro lado, o Internacional, em busca da vitória, intensificou a pressão, criando diversas oportunidades de gol. Contudo, em todas elas, o goleiro Everson se agigantou, realizando defesas espetaculares que garantiram a integridade do placar. Atuações de destaque também foram registradas com Saravia, Natanael, Rony e Ruan Tressoldi, que foram fundamentais na estrutura defensiva montada pela equipe alvinegra. O ponto conquistado fora de casa foi celebrado pela comissão técnica e jogadores como um feito importante, mantendo o clube em uma posição segura na tabela de classificação, longe da zona de rebaixamento, ao final da 31ª rodada.
Um Jogo Marcado pela Incapacidade Arbitral e pela Luta do Galo
Ao final dos noventa minutos, o resultado de 0 a 0 entre Internacional e Atlético-MG foi muito mais do que um placar no marcador. Refletiu a resiliência do time mineiro diante de um cenário adverso, a necessidade de adaptação a uma desvantagem numérica e a intervenção constante da tecnologia na validação ou invalidação de lances capitais. A partida evidenciou uma atuação arbitral questionável, com decisões que demandaram revisão e, em alguns casos, foram revertidas, levantando debates sobre o preparo e o critério dos profissionais envolvidos em confrontos de nível nacional. Para o Atlético, o empate representa um ponto importante na luta por objetivos maiores no Campeonato Brasileiro, enquanto para o Internacional, a frustração de não ter aproveitado o mando de campo e as oportunidades criadas.

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