Surpresa de Dorival Júnior na vitória por 4 a 0 sobre o Peru na Data Fifa de outubro, o lateral-direito Vanderson retorna ciente de que ter sequência é fundamental para assumir uma posição que foi dominada por Danilo por tanto tempo. Por mais que para isso seja necessário diminuir o ímpeto ofensivo.
Adaptação e Maturidade
Vanderson admite que teve que mudar o estilo de jogo para cumprir as exigências de Dorival. E a partida diante dos peruanos já foi um mostra do que o jovem de 23 anos é capaz. “Todo mundo conhece minhas características. Tenho melhorado defensivamente, mas minha principal característica é chegar na frente, auxiliar os companheiros no último terço. Aqui na Seleção, temos que nos doar e fazer algo a mais pelo nosso país e Seleção”, disse.
A características do seu clube influencia neste aspecto, mas aqui na Seleção tenho noção das responsabilidades e vou assumi-la. Independentemente da posição que eu for jogar, aqui eu vou me doar para equipe e ajudar no que for preciso. A maturidade com que aproveitou a oportunidade tem muito também do apoio de seu concorrente. Capitão e um dos líderes da Seleção, Danilo não se privou de conversas particulares para deixar o companheiro à vontade.
Apoio e Liderança
O Danilo é um cara sem palavras. Todo mundo dentro do grupo sabe isso, é um dos nossos líderes. Passa bastante confiança não só para mim, por ser lateral. Pego conselhos por ser da posição, ele tem uma carreira brilhante. É o nosso líder, um cara que não tem vaidade e quer ajudar todo mundo. Um grupo campeão precisa de caras assim.
Em entrevista coletiva, Vanderson foi questionado também sobre o resultado da Bola de Ouro. A frustração pela derrota de Vini Júnior para Rodri ganhou coro. “A repercussão foi não só no Brasil, mas mundial. Na minha opinião, o verdadeiro vencedor da Bola de Ouro é o Vini Jr. Sem querer criar polêmica, mas é a minha opinião. É um cara que teve uma temporada excelente, vem fazendo outra temporada excelente e com certeza logo logo vai ganhar esse prêmio. É um cara que luta não somente dentro de campo, mas também for por outras causas.”
Renovação e União
No futebol brasileiro sempre surgem novos talentos. Em todo ciclo, se fala em renovação e há os jovens. Já aconteceu com outros e agora acontece com a gente. Temos que saber aproveitar as oportunidades, tentar integrar e adaptar o mais rápido possível e ajudar a Seleção.
Não só nós jogadores, mas todo brasileiro tem que ter isso no sangue. Somos a maior Seleção do mundo e se todos caminharem no mesmo barco as glórias vão voltar. Se caminharmos todos em prol da Seleção, mesmo quando não sou convocado estou torcendo. Desde criança, sou um torcedor fanático. Se todos caminharmos juntos, logo logo voltaremos a ter glórias como no passado.
Desafios e Oportunidades
Jogando em casa, a Venezuela é forte. Temos estudado bastante em cima da equipe deles, vamos tentar impor o nosso ritmo e conquistar a vitória. Não há adversário fácil, e a Venezuela não vai ser, ainda mais jogando em casa. Vamos para impor o nosso ritmo e conquistar os três pontos.
É um momento muito especial para mim e de realizações. Estou bem no clube. É hora de tentar me firmar na Seleção após uma estreia como titular. É a realização de um sonho. Tenho que implantar o que faço no clube e ajudar a Seleção com um algo a mais.
Escassez e Oportunidades
Venho aqui para trabalhar e ajudar. Sempre falam que o Brasil não tem mais lateral-direito, mas é só olhar nos clubes aí que são muitos que fazem grandes trabalhos. Tivemos muitos vencedores na posição, o exemplo maior é o Cafu, mas tivemos muitos. São jovens que precisam de aparições, precisam jogar e muitos têm surgido ao longo do tempo.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores