A Seleção Brasileira se prepara para um confronto de peso neste sábado, 15 de junho, contra Senegal, em um amistoso que promete testar a solidez defensiva da equipe. O palco para este embate será o icônico Emirates Stadium, em Londres, com apito inicial marcado para as 13h (horário de Brasília). O técnico Carlo Ancelotti, conhecido por sua capacidade de adaptação e pela busca incessante pela perfeição tática, introduziu uma mudança significativa na formação defensiva que tem gerado grande expectativa entre os torcedores e analistas.
A principal novidade na escalação do Brasil para o confronto contra a forte equipe africana reside na lateral direita. Éder Militão, zagueiro de renome internacional e peça fundamental no esquema do Real Madrid, será o responsável por defender o lado direito do campo. Essa escolha, fruto de intensos testes realizados durante os treinos de quarta e quinta-feira, demonstra a estratégia do comandante italiano em reforçar a marcação e a solidez defensiva, um aspecto que pode ter sido considerado um ponto de atenção após os últimos compromissos da Seleção, onde laterais com características mais ofensivas foram escalados, como Vanderson, Wesley, Vitinho e Paulo Henrique. A adaptação de Militão, um defensor de origem, para a função de lateral, visa oferecer uma cobertura mais robusta e experiente, crucial para conter os ataques precisos e velozes de Senegal.
Reformulações na Estratégia Defensiva
A decisão de escalar Éder Militão na lateral direita representa uma alteração considerável na forma como o Brasil vinha se apresentando nas partidas anteriores. Em confrontos recentes, a preferência recaiu sobre atletas com maior propensão ao ataque pelas laterais, buscando explorar a criação de jogadas e a profundidade pelas pontas. No entanto, diante de um adversário como Senegal, que possui jogadores de alta qualidade técnica e velocidade, Ancelotti parece ter optado por uma abordagem mais cautelosa e equilibrada, priorizando a segurança defensiva sem, contudo, comprometer a capacidade de transição e criação da equipe. A versatilidade de Militão, que já demonstrou capacidade de atuar em diferentes posições na zaga, é vista como um trunfo para essa nova configuração defensiva, permitindo que ele contribua tanto na contenção quanto na saída de bola.
Manutenção da Base Vencedora
Apesar da alteração pontual na lateral direita, a estrutura tática que levou à expressiva goleada por 5 a 0 sobre a Coreia do Sul, no último mês, foi em grande parte mantida por Ancelotti. Essa decisão reflete a confiança do treinador no desempenho coletivo e na química da equipe. Apenas duas mudanças foram efetuadas em relação à partida anterior: Ederson retorna ao posto de goleiro titular, reassumindo sua posição de destaque sob as traves, e Alex Sandro retoma a titularidade na lateral esquerda, trazendo sua experiência e qualidade técnica para o setor. Essa manutenção da base visa consolidar o entrosamento e a confiança entre os jogadores, garantindo que a equipe possa executar suas jogadas com fluidez e precisão, mesmo com a introdução de Militão em uma função adaptada.
O Time Provável em Campo
Com as definições pós-treinos, a Seleção Brasileira deve adentrar o gramado do Emirates Stadium com a seguinte formação: Ederson no gol, ladeado por Éder Militão na direita, Marquinhos e Gabriel Magalhães formando a dupla de zaga central, e Alex Sandro ocupando a lateral esquerda. No meio-campo, a solidez de Casemiro será combinada com a dinâmica de Bruno Guimarães. O setor ofensivo conta com a presença promissora de Estêvão, a criatividade de Matheus Cunha, a magia de Vinícius Jr. e a artilharia de Rodrygo, compondo um ataque vibrante e com múltiplas opções de criação.
Observações e Próximos Passos
Os treinos realizados sob o comando de Carlo Ancelotti serviram não apenas para definir a escalação principal, mas também como um laboratório para testar alternativas e observar jogadores em diferentes contextos. A versatilidade de Wesley e Caio Henrique nas laterais foi avaliada, assim como a possibilidade de João Pedro atuar como uma opção de ataque para Matheus Cunha. A preparação final da equipe para o confronto contra Senegal se encerra nesta sexta-feira, 14 de junho, com um último treino no próprio Emirates Stadium. Após encarar a equipe africana, a Seleção Brasileira concluirá sua agenda de amistosos do ano com um duelo contra a Tunísia, marcado para a próxima terça-feira, 18 de junho, em Lille, na França. Esses jogos servem como importantes degraus na preparação para os desafios futuros, incluindo a Copa do Mundo de 2026.
Agenda Promissora para 2026
Olhando para o futuro, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já delineia um plano ambicioso para a preparação da Seleção visando a Copa do Mundo de 2026. Para março do mesmo ano, estão encaminhados amistosos contra duas potências europeias: França e Croácia. Ambos os confrontos acontecerão em solo americano, proporcionando à equipe a experiência de atuar em diferentes climas e condições. Adicionalmente, a entidade máxima do futebol brasileiro negocia a possibilidade de um amistoso contra a Noruega, liderada pelo artilheiro Erling Haaland. Essa série de partidas amistosas faz parte de uma estratégia de longo prazo para garantir que a Seleção chegue à Copa do Mundo de 2026 em sua melhor forma física, tática e mental, pronta para disputar o título mundial.

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