A Seleção Brasileira encerrou sua temporada com um resultado aquém das expectativas, empatando em 1 a 1 contra a Tunísia em amistoso realizado em Lille, na França, no último dia 18. Apesar de sair atrás no placar, a equipe comandada por Carlo Ancelotti conseguiu o empate através de uma cobrança de pênalti convertida por Estêvão. No entanto, o desempenho geral da equipe gerou forte desaprovação e análises críticas, especialmente por parte de figuras experientes do futebol nacional.
Um dos nomes que se manifestou de forma contundente foi Joel Santana, ex-técnico da Seleção Brasileira. Em seu canal no YouTube, o “Canal do Joel”, ele expressou clara insatisfação com a atuação brasileira, apontando deficiências individuais e coletivas que preocupam para o futuro. Joel não poupou críticas, destacando que alguns jogadores apresentaram um nível de performance muito abaixo do esperado e questionou a escolha de alguns nomes para a partida.
Análise Crítica sobre o Desempenho Individual e Coletivo
Joel Santana não mediu palavras ao comentar sobre o desempenho de alguns atletas que atuaram contra a Tunísia. Para ele, a performance de certos jogadores esteve “muito abaixo da crítica”, indicando uma falta de consistência e de impacto em campo. O ex-treinador citou especificamente Marquinhos, zagueiro que por muitos anos foi peça fundamental na defesa brasileira. Joel argumentou que o momento do defensor no escrete canarinho parece ter chegado ao fim, declarando que “Ele já deu o que tinha que dar na seleção”, demonstrando uma visão de que novos ciclos precisam ser iniciados.
Ainda sobre as individualidades, a atuação de outros atletas também foi alvo de questionamentos. A linha de fundo da equipe brasileira foi um dos pontos mais criticados por Joel Santana. Ele observou que o time demonstrou fragilidades significativas em ambos os lados do campo. As laterais, em particular, foram apontadas como áreas de grande vulnerabilidade. Essa falta de solidez defensiva, segundo o comentarista, é um sinal de alerta preocupante para o planejamento tático da equipe.
O Sistema Defensivo Sob Fogo: Preocupação com a Segurança da Meta
A avaliação de Joel Santana sobre o sistema defensivo da Seleção Brasileira foi dura, classificando a atuação geral da zaga como “catastrófica”. Para ele, a defesa simplesmente “não existe”, e essa fragilidade se estende às laterais. A falta de consistência e de segurança na retaguarda foi um ponto central em sua análise. Joel Santana não hesitou em expressar sua apreensão em relação ao que o Brasil apresentará em futuras competições, incluindo a Copa do Mundo. A preocupação, que já existia, teria se intensificado após o amistoso contra a Tunísia.
O ex-treinador detalhou suas críticas, direcionando-as também para as atuações de Wesley e Caio Henrique, que ocuparam as posições de laterais contra a Tunísia. Joel Santana descreveu a situação como “a defesa não existe. A lateral-direita não existe. A lateral-esquerda é outra que não existe”, evidenciando a falta de confiança em ambos os lados do campo. Essa falta de solidez defensiva, segundo ele, pode comprometer o desempenho da equipe em jogos mais decisivos, onde os erros defensivos podem ser fatalmente explorados pelos adversários.
O Pênalti Perdido e a Polêmica das Cobranças
Um dos lances que gerou debate e frustração foi a perda do pênalti por Lucas Paquetá, que teve a oportunidade de virar o placar para o Brasil no segundo tempo. A cobrança, que poderia ter dado a vitória à equipe, foi para fora, mantendo o placar em 1 a 1. Joel Santana criticou a decisão de Carlo Ancelotti em não permitir que Estêvão, que havia convertido um pênalti na primeira etapa, fosse novamente o responsável pela cobrança. Essa escolha gerou indignação no ex-treinador.
Joel Santana questionou a lógica por trás da escolha de Paquetá para bater o pênalti decisivo, especialmente considerando que o jogador entrou em campo mais tarde na partida. “Ele dá a ordem pro Paquetá bater o pênalti. O Paquetá nem titular é, como é que o cara que é reserva do reserva vai bater o pênalti, cara? Paquetá foi o último a entrar em campo”, resmungou. Essa situação levanta questionamentos sobre a definição de quem são os cobradores oficiais e sobre a estratégia em momentos cruciais de jogo, especialmente quando um jogador já demonstrou confiança e sucesso na mesma função anteriormente.
O Futuro e as Preocupações para Competições Importantes
Diante do cenário apresentado no amistoso contra a Tunísia, Joel Santana manifestou um sentimento de apreensão em relação ao futuro da Seleção Brasileira. A performance abaixo do esperado e as fragilidades defensivas expostas levantam dúvidas sobre a capacidade da equipe de competir em alto nível em torneios importantes, como a Copa do Mundo. A falta de tempo para ajustes e a necessidade de encontrar soluções para os problemas táticos e individuais se tornam ainda mais urgentes.
As críticas de Joel Santana refletem uma preocupação geral que pode existir entre os torcedores e analistas do futebol brasileiro. O empate, embora não seja um resultado desastroso em um amistoso, expôs questões que precisam ser resolvidas com celeridade. A busca por um desempenho mais convincente e por uma maior segurança defensiva será fundamental para que a Seleção Brasileira possa atingir seus objetivos nas próximas competições e reconquistar a confiança do seu torcedor.

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