Um lance específico durante o amistoso entre a Seleção Brasileira e a Tunísia, realizado em Lille e que terminou em um empate por 1 a 1, gerou intensa repercussão e reacendeu discussões sobre a hierarquia de cobradores de pênalti e a tomada de decisão da comissão técnica. A controvérsia surgiu após a câmera exclusiva de transmissão flagrar o momento em que o técnico Carlo Ancelotti determinou que Lucas Paquetá seria o responsável por bater o segundo pênalti a favor do Brasil no jogo. Essa escolha, que deixou de lado nomes como Vitor Roque, o jogador que sofreu a penalidade, e Estêvão, autor do primeiro gol brasileiro também de pênalti, tornou-se o centro do debate entre torcedores e analistas de futebol.
A Decisão do Banco de Reservas que Virou Assunto Nacional
A cena capturada pelas lentes da televisão mostrou o capitão da Seleção, Marquinhos, aproximando-se do banco de reservas para receber instruções do comandante italiano. Diante da situação, Ancelotti apontou diretamente para Lucas Paquetá, indicando-o como o escolhido para a cobrança. Essa orientação direta da comissão técnica, descartando jogadores que, em tese, poderiam ser considerados opções mais lógicas ou com maior moral para tal momento – como Vitor Roque, por ter sofrido a falta, ou Estêvão, que já havia demonstrado eficiência na marca da cal –, foi o gatilho para a polêmica.
O Resultado em Campo e a Explicação Pós-Jogo
A controversa decisão de Ancelotti ganhou contornos ainda mais dramáticos com o desfecho da cobrança. Lucas Paquetá, vestindo a camisa 11, executou o chute que acabou isolado, desperdiçando a oportunidade de colocar o Brasil em vantagem no placar. O erro do meio-campista culminou no empate final de 1 a 1, um resultado que encerra o ano com um sentimento de deixa a desejar para a torcida brasileira, com mais perguntas do que respostas concretas sobre o desempenho da equipe. Em pronunciamento após o término da partida, Estêvão, atacante que já assinou com o Chelsea e tem sido peça fundamental no ciclo de Ancelotti, confirmou a situação. Ele explicou que não bateu o segundo pênalti por “vir uma ordem”, indicando claramente que a instrução partiu da comissão técnica. O jovem jogador, aliás, é o artilheiro do ciclo sob o comando de Ancelotti, com cinco gols marcados, e havia demonstrado sua capacidade de finalização ao converter a primeira penalidade contra a Tunísia, repetindo o feito de sua participação anterior contra Senegal.
Repercussão nas Redes Sociais e o Debate sobre Hierarquia
Nas plataformas digitais, a reação foi imediata e intensa. Assim que o vídeo foi exibido, torcedores e especialistas em futebol inundaram as redes com questionamentos sobre a lógica por trás da escolha de Ancelotti. Muitos apontaram que Vitor Roque, por ter sofrido a infração dentro da área, ou Estêvão, por sua recente eficiência e por ser o autor do primeiro gol de pênalti, apresentavam argumentos mais fortes para serem os cobradores. A discussão extrapolou o amistoso em si, transformando-se em um debate mais amplo sobre a definição da ordem de cobrança de pênaltis na Seleção, a confiança depositada em determinados jogadores e a forma como as decisões são comunicadas e executadas em momentos cruciais.
Próximos Passos e a Preparação para 2026
Com um calendário apertado de amistosos antes da Copa do Mundo de 2026, este episódio ganha ainda mais relevância. O debate sobre a hierarquia de batedores de pênalti, a autonomia dos jogadores em campo e a confiança da comissão técnica no grupo se torna fundamental para a construção de uma equipe sólida e preparada para os desafios que virão. O próximo compromisso da Seleção Brasileira está agendado para março, em uma Data FIFA que contará com duelos contra França e Croácia, ambos nos Estados Unidos. Paralelamente, a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) busca a confirmação de outros confrontos, incluindo uma possível partida contra a Noruega de Erling Haaland e um amistoso em solo nacional, visando aprimorar o entrosamento e testar diferentes formações e estratégias para a caminhada rumo ao mundial.

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