No derradeiro compromisso da temporada, a Seleção Brasileira não conseguiu sair vitoriosa, amargando um empate em 1 a 1 contra a Tunísia. A partida, realizada em Lille, na França, nesta terça-feira (18), viu o Brasil buscar a virada após sair atrás no placar, mas a oportunidade de garantir a vitória escorreu por entre os dedos, em especial com a perda de um pênalti decisivo.
Brasil Empata em Último Amistoso do Ano Contra Tunísia
A data marcou o encerramento da trajetória da Seleção Brasileira em amistosos neste ano. O confronto contra a Tunísia, em solo francês, serviu como um teste final para o técnico Ancelotti avaliar suas opções e estratégias antes de futuros desafios. A equipe verde e amarela demonstrou resiliência ao buscar a igualdade após sofrer um gol, mas a falta de precisão em momentos cruciais impediu um desfecho mais feliz. O resultado final, 1 a 1, deixa uma sensação de oportunidade perdida, especialmente considerando as chances criadas ao longo do embate.
O primeiro tempo da partida viu a equipe tunisiana abrir o placar, forçando o Brasil a reagir. A resposta brasileira veio através de um pênalti convertido por Estêvão, jovem talento que demonstrou frieza ao converter a penalidade máxima. Este gol empatou o jogo e deu um novo ânimo à seleção, que buscava virar o placar e encerrar o ano com uma vitória. A performance de Estêvão foi elogiada, mostrando a confiança depositada em seus jovens talentos.
O Pênalti Crucial e a Oportunidade Desperdiçada
Na etapa complementar, o Brasil teve uma nova chance de assumir a liderança do placar através de outra penalidade máxima. A expectativa era que Estêvão, autor do primeiro gol e demonstração de segurança nas bolas paradas, fosse o cobrador novamente. No entanto, em uma decisão que gerou debate, o comando técnico indicou Lucas Paquetá para executar a cobrança. O meio-campista, peça importante no esquema tático, não conseguiu converter, mandando a bola por cima do travessão tunisiano. Esta perda representou um duro golpe na busca pela vitória, um lance que poderia ter mudado a história do jogo e a percepção geral sobre o desempenho da equipe.
A responsabilidade de um pênalti decisivo em um jogo de igualdade em termos de placar é imensa. A escolha de Paquetá, mesmo com Estêvão em campo, levantou questionamentos sobre a estratégia e a gestão da confiança dos jogadores. A pressão do momento pode ter sido um fator, mas a cobrança por cima do gol deixou uma marca negativa na atuação do camisa. O momento exigia precisão e calma, qualidades essenciais para desequilibrar partidas e garantir resultados positivos, especialmente em amistosos que servem como laboratório para competições futuras.
Críticas à Dinâmica de Jogo de Lucas Paquetá
Para além da cobrança de pênalti perdida, o desempenho de Lucas Paquetá em campo também foi alvo de análise crítica. O comentarista Casagrande, em suas avaliações, apontou que o estilo de jogo do meio-campista pode, por vezes, prejudicar a fluidez e a intensidade planejadas pelo técnico Ancelotti. Segundo Casão, a forma como Paquetá cadencia o jogo, embora possa ser útil em determinados cenários, não se alinha com a proposta de uma equipe que busca explorar a velocidade e os contra-ataques de forma incisiva.
Casagrande destacou que, quando a equipe consegue transitar rapidamente da defesa para o ataque e a bola chega aos pés de Paquetá, a velocidade da jogada tende a diminuir. “Ele dá muito tapa pro lado. Eu acho que quebra o ritmo da seleção brasileira“, analisou o ex-jogador. Essa observação sugere que, em momentos de transição rápida, a característica mais cadenciada do jogador pode interromper o ímpeto ofensivo, impedindo que o Brasil aproveite ao máximo a velocidade de seus outros atletas. A ideia de uma seleção brasileira que se destaca pela agilidade e dinamismo, quando encontram um jogador com um ritmo mais pausado, pode gerar um descompasso tático.
O Papel de Paquetá em Cenários Específicos e a Visão Tática
Apesar das críticas à sua dinâmica em determinados momentos do jogo, Casagrande não descarta a utilidade de Lucas Paquetá no elenco. Ele enxerga o jogador como uma peça importante em situações específicas, como a necessidade de segurar um resultado positivo. “Eu convocaria, porque de repente tá ganhando um jogo, você coloca ele ali exatamente pra cadenciar”, explicou. Essa visão sugere que, em cenários onde a prioridade é administrar a vantagem e controlar o ritmo da partida, as características de Paquetá podem ser mais vantajosas.
Contudo, o comentarista reforçou sua opinião de que Paquetá não seria a escolha ideal para momentos em que a equipe precisa buscar ativamente a vitória, especialmente com a intenção de armar contra-ataques rápidos. A decisão de Ancelotti em designar Paquetá para a cobrança do pênalti também foi vista como um equívoco por Casagrande. “Todo mundo que tava assistindo esse jogo achava que o Estêvão ia bater porque ele bateu bem o primeiro e ia fazer o segundo”, concluiu, ressaltando a percepção geral de que o jovem talento seria a escolha mais lógica e segura para aquela cobrança crucial.

Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores







