A relação entre as torcidas e a eficiência em tecnologia de gestão é um tema que tem sido discutido por especialistas nos últimos tempos. No Brasil, o Palmeiras é o clube que lidera as estatísticas de sócios, com mais de 182 mil, seguido pelo Internacional, Grêmio, Atlético-MG e Flamengo. Já na Argentina, o River Plate e o Boca Juniors dominam o cenário de sócios torcedores na América do Sul, com 350 mil e 327 mil sócios, respectivamente.
A cultura de clube na Argentina
A cultura de clube na Argentina é diferente do Brasil. Lá, os sócios participam de eleições e possuem um dia a dia que passa pelo clube social. Essa relação quase familiar e comunitária com o time de futebol pode explicar o número de sócios maiores na Argentina. O envolvimento direto e o sentimento de pertencimento dos torcedores aos seus clubes criam uma motivação extra para se tornarem sócios, independentemente de suas condições econômicas.
Além disso, a reforma do Estádio Monumental de Núñez, atualmente o maior estádio da América do Sul, com capacidade para 86 mil pessoas, também contribuiu para o aumento do número de sócios do River Plate. O clube argentino garante que os 350 mil sócios possuem as mensalidades em dia e que os inadimplentes são excluídos no mês seguinte ao não pagamento.
A eficiência tecnológica de gestão
A eficiência tecnológica de gestão é outro ponto destacado por especialistas. Considerado um dos clubes mais tradicionais do continente, o Peñarol abriu os olhos para o aumento de receitas ao se tornar referência com a modernização do Estádio Campeón del Siglo. Inaugurado em 2016 e com capacidade para 40 mil pessoas, teve um custo baixo nas obras estimado em 40 milhões de dólares.
Outro detalhe que contribui para a adesão de sócios é a democracia nos clubes. O Internacional, que foi o primeiro clube brasileiro a atingir 200 mil sócios no país há alguns anos, e retoma os patamares antigos após os anos de pandemia, tem faturado uma média de R$ 8 milhões por mês. Além disso, nas eleições do final do ano passado, 29.800 associados apareceram para votar, um recorde para clubes de futebol no Brasil.
O faturamento dos clubes
No entanto, apesar de terem uma boa quantidade de sócios, as equipes argentinas faturam menos que os brasileiros. Os valores com River e Boca chegam perto dos R$ 40 milhões anuais. Já o Palmeiras, por exemplo, embolsou R$ 53 milhões com o seu programa de sócios no balanço do final do último ano, e em março deste ano, bateu recorde com a receita bruta do programa ao faturar R$ 6,1 milhões.
É importante notar que a relação entre a quantidade de sócios e os números financeiros não é direta. A eficiência tecnológica de gestão, a democracia nos clubes e a cultura de clube são fatores que podem influenciar o faturamento dos clubes.
O futuro da gestão de clubes
O futuro da gestão de clubes de futebol é incerto, mas é claro que a tecnologia e a inovação serão fundamentais para o sucesso dos clubes. A implementação de sistemas de gestão eficientes, a utilização de dados e a criação de experiências de fãs personalizadas serão fundamentais para atrair e manter sócios.
Além disso, a democracia nos clubes e a cultura de clube também serão importantes para o sucesso dos clubes. A criação de um sentimento de pertencimento e de comunidade entre os sócios e os clubes será fundamental para o sucesso dos clubes.
Em resumo, a relação entre as torcidas e a eficiência em tecnologia de gestão é um tema complexo que envolve muitos fatores. A cultura de clube, a democracia nos clubes e a eficiência tecnológica de gestão são fundamentais para o sucesso dos clubes. O futuro da gestão de clubes de futebol é incerto, mas é claro que a tecnologia e a inovação serão fundamentais para o sucesso dos clubes.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores