Manifestações políticas em estádios de futebol têm sido um tema recorrente nos últimos anos, e um recente exemplo disso foi visto no jogo entre o Paris Saint-Germain e o Atlético de Madrid, na Liga dos Campeões. A torcida do PSG exibiu um bandeirão com a mensagem “Palestina Livre”, o que gerou reações de autoridades do governo francês.
Reações do governo francês
O ministro do Interior da França, Bruno Retailleau, afirmou que vai cobrar explicações do PSG sobre o bandeirão exibido pela torcida. Ele não descartou a possibilidade de punir o clube e enfatizou que o governo francês não tolerará manifestações políticas em estádios de futebol.
Outro que se posicionou sobre o assunto foi o ministro de Esporte do país, Gil Averóus. Ele considerou um “excesso” dos torcedores presentes nas arquibancadas e disse que o esporte “não pode servir de plataforma política”. Averóus também cobrou que o PSG respeite as regras das competições em que estiver envolvido.
A manifestação da torcida do PSG
O bandeirão aberto pela torcida Collectif Ultras Paris, único grupo autorizado pelo PSG a entrar no estádio, pedia liberdade para a Palestina. O território sofre atualmente entre a guerra entre Israel e o Hamas. A bandeira também trouxe referências ao conflito com o Hezbollah no Líbano.
A manifestação da torcida do PSG acontece poucos dias antes de Paris receber o jogo entre a seleção da França e Israel, pela Liga das Nações. Essa partida está marcada para 14 de novembro, no Stade de France.
Reação do PSG
Em nota, o Paris Saint-Germain declarou que não tinha conhecimento dos planos dos ultras para exibir esse bandeirão antes do jogo contra o Atlético de Madrid. O PSG também disse que o Parque dos Príncipes é e “precisa permanecer como” um “lugar de comunhão em torno da paixão pelo futebol”.
A Uefa não deve punir o PSG
A Uefa não deve punir o clube por essa mensagem pró Palestina, segundo informações da agência de notícias “AFP”. A confederação europeia de futebol não considerou o bandeirão como provocativo ou insultante.
Essa decisão da Uefa é um alívio para o PSG, que poderia ter enfrentado sanções severas se a confederação tivesse considerado o bandeirão como uma ofensa. No entanto, a reação do governo francês e a manifestação da torcida do PSG continuam a gerar debate e discussão sobre o papel do futebol na sociedade e a liberdade de expressão nos estádios.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores