Um caso de assédio sexual em um clube de futebol de Portugal chocou a comunidade esportiva. O presidente do Boavista, Vítor Murta, foi condenado pelo Conselho de Disciplina da Federação Portuguesa de Futebol por assédio a uma ex-funcionária do clube. Os atos ocorreram entre setembro de 2019 e novembro de 2022, período em que a vítima ainda trabalhava no Boavista.
De acordo com a funcionária, que exercia o cargo de secretária de Vítor, ela recebia mensagens no Whatsapp com pedidos de beijos e abraços. Além disso, o dirigente teria o hábito de abordar a vítima à forças no elevador.
Infrações ao código disciplinar
Pelo código disciplinar, Vítor Murta cometeu infrações presentes no artigo 137, que aplica punição aos dirigentes que tenham comportamentos que atentem contra a dignidade humana, em função da raça, cor, língua, religião, origem étnica, gênero ou orientação sexual.
Segundo o comunicado do site oficial da FPF, “exercendo um papel de autoridade sobre a ofendida, adotou quanto à mesma comportamentos ofensivos e discriminatórios em função do gênero, escolhendo a ofendida, enquanto mulher, como destinatária das suas expressões e alusões grosseiras, e de comportamentos inconvenientes e que importunavam a vítima, isto por lhe atribuir um papel de gênero, por a ver como alguém sobre quem, por essa circunstância, poderia exercer os seus poderes e prerrogativas, ferindo, assim, a sua dignidade”.
Punição ao presidente do Boavista
Na última segunda-feira, Vítor Murta já havia sido suspenso das atividades do clube por seis meses e multado por 2.450 euros (cerca de R$ 7.760 reais) por comportamentos discriminatórios.
A condenação do presidente do Boavista é um exemplo de como a Federação Portuguesa de Futebol está tomando medidas para combater o assédio sexual e a discriminação no esporte.
Importância da denúncia
A denúncia da ex-funcionária do Boavista é um exemplo de como as vítimas de assédio sexual podem se sentir empoderadas para falar sobre suas experiências e buscar justiça.
A importância da denúncia não pode ser subestimada, pois é um passo crucial para combater a cultura de silêncio e impunidade que muitas vezes rodeia o assédio sexual.
Combate ao assédio sexual no esporte
O caso do presidente do Boavista é um lembrete de que o assédio sexual é um problema que afeta não apenas o futebol, mas também outros esportes e áreas da sociedade.
É fundamental que as organizações esportivas e as autoridades tomem medidas para prevenir e combater o assédio sexual, protegendo as vítimas e promovendo uma cultura de respeito e igualdade.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores