A treinadora Pia Sundhage, conhecida por seu trabalho com a Seleção Brasileira feminina, não comanda mais o time da Suíça. A Federação Suíça de Futebol (SFV) comunicou a saída da técnica nesta semana, encerrando um ciclo que, apesar de breve, alcançou um marco histórico para o futebol feminino suíço sob seu comando. Pia Sundhage chegou a levar a equipe às quartas de final da Eurocopa, a melhor campanha da história da seleção helvética em torneios continentais.
Apesar da nota oficial da federação destacar uma decisão em comum acordo e tecer elogios ao trabalho realizado, a própria Pia Sundhage revelou surpresa com o desfecho e expressou o desejo de continuar no cargo. O presidente da SFV, Peter Knäbel, ressaltou a importância de Pia em um momento delicado para a equipe, enfatizando que ela lançou as bases para um futuro promissor.
O Legado de Pia Sundhage na Suíça
A passagem de Pia Sundhage pelo comando da Seleção Feminina da Suíça foi marcada por uma conquista notável: a histórica classificação para as quartas de final da Eurocopa. Este feito inédito para o futebol feminino suíço representou um salto de qualidade e visibilidade para a modalidade no país. A técnica, renomada internacionalmente por seu trabalho anterior com a Seleção Brasileira, assumiu o posto em um período desafiador, mas conseguiu extrair o melhor de suas atletas, construindo uma equipe competitiva e capaz de surpreender no cenário europeu.
O presidente da SFV, Peter Knäbel, em seu pronunciamento, fez questão de enaltecer a contribuição de Pia. Ele destacou que a treinadora, ao lado das jogadoras e da comissão técnica, foi fundamental para estabelecer as bases de um futuro mais sólido para o futebol feminino suíço. A gestão de Pia foi reconhecida por seu impacto positivo, preparando o terreno para novas conqueres e para o desenvolvimento contínuo da modalidade. Knäbel finalizou seu discurso agradecendo o empenho de Pia e de sua equipe, desejando-lhes sucesso em suas futuras empreitadas.
Um Fim Inesperado para a Treinadora
Contrariando a narrativa de um encerramento amigável, Pia Sundhage expressou publicamente seu espanto com a decisão de não continuar à frente da equipe suíça. Em suas declarações, a treinadora enfatizou que a experiência na Suíça foi um privilégio e uma honra, período no qual a equipe vivenciou aprendizados significativos e um crescimento conjunto. A conquista na Eurocopa, realizada em solo suíço, foi descrita por ela como um capítulo inesquecível na história do futebol feminino do país. Pia reiterou seu desejo de seguir comandando o time, mas declarou respeitar a decisão da Federação Suíça de Futebol, ainda que a pegue de surpresa.
Apesar da surpresa, Pia Sundhage enviou votos de prosperidade para a equipe e para o futebol suíço em geral, esperando que a paixão demonstrada pelos torcedores durante o verão europeu possa se manter viva. Sua fala sugere uma desconexão entre o desejo da técnica e a decisão da entidade máxima do futebol no país, levantando questionamentos sobre os reais motivos que levaram ao término da parceria.
O Futuro do Futebol Feminino Suíço Pós-Pia
Com a saída de Pia Sundhage, a Seleção Feminina da Suíça se vê em um momento de transição. A treinadora deixa um legado de superação e a marca de uma campanha histórica na Eurocopa, elevando o patamar de expectativas para o futuro da equipe. A SFV agora terá a tarefa de encontrar um novo comandante que possa dar continuidade ao trabalho iniciado e manter o ímpeto de crescimento da modalidade no país. A expectativa é que a nova liderança técnica consiga capitalizar o entusiasmo gerado pela recente campanha e seguir desenvolvendo talentos, solidificando a Suíça como uma força no futebol feminino europeu.
A experiência de Pia Sundhage em grandes centros do futebol feminino, especialmente sua passagem pela Seleção Brasileira, onde também obteve resultados expressivos, confere à treinadora um currículo invejável. Sua saída da Suíça abre um leque de possibilidades para ela, que certamente continuará sendo uma figura de destaque no cenário internacional. Para a Suíça, o desafio agora é reinventar-se e buscar um novo rumo que mantenha a chama acesa e impulsione as “Nati” a novos horizontes, construindo sobre os alicerces deixados por Pia.

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