A guerra entre Ucrânia e Rússia há mais de dois anos tem afetado a vida de muitas pessoas, incluindo jogadores de futebol. Pedrinho, meia do Shakhtar Donetsk, é um exemplo de como a guerra pode afetar a carreira e a vida pessoal de um atleta. Apesar de saber das dificuldades que a guerra traz, Pedrinho decidiu voltar ao Shakhtar Donetsk, um clube que o contratou em 2018 e onde ele se destacou como um dos principais jogadores. No entanto, a guerra tem feito com que a vida de Pedrinho seja cada vez mais complicada.
Dificuldades logísticas e pessoais
Pedrinho conta que as dificuldades logísticas são uma das principais preocupações para os jogadores que decidem permanecer no Shakhtar Donetsk. “A gente não sabe o que irá encontrar”, disse ele. “A ideia dos familiares não se mudarem seria a melhor opção”. No entanto, isso significa que Pedrinho vive sozinho no país, longe da sua família, o que é um dos maiores sacrifícios que ele tem que fazer.
Além disso, Pedrinho também enfrentou dificuldades dentro de campo. “Os primeiros meses não foram normais”, disse ele. “Eu não me sentia bem e não apresentava meu melhor futebol”. No entanto, com o tempo, Pedrinho foi se adaptando à nova realidade e agora se sente mais confortável em campo.
Expectativa para o encontro do G20
Uma das apostas para ajudar de alguma forma a guerra na Ucrânia é o encontro do Grupo dos Vinte (G20) que acontece, nesta semana, no Rio de Janeiro. Esse é o principal fórum de cooperação econômica internacional e vai tratar de diversos assuntos. Darijo Srna, diretor executivo do Shakhtar Donetsk, comentou sobre a expectativa para o encontro.
“Uma oportunidade para os países mais influentes do mundo discutirem vários temas, e definitivamente a invasão da Ucrânia é um deles”, disse Srna. “Esperamos que os líderes mundiais encontrem uma forma de finalmente trazer paz para a Ucrânia. Já são mais de dois anos e meio de mortes, e está reunião pode ser fundamental para encontrar uma solução”.
Coragem e respeito
Srna também comentou sobre a coragem e o respeito que os jogadores como Pedrinho demonstraram ao aceitar atuar no Shakhtar Donetsk apesar da guerra. “Tenho o máximo respeito por esses jogadores que vieram para nós apesar da guerra nos últimos anos”, disse ele. “Eles não conheciam a guerra até agora. Mostraram coragem e provaram que ainda somos um grande clube”.
Futuro incerto
No entanto, o futuro de Pedrinho e do Shakhtar Donetsk é incerto. Pedrinho tem contrato até 2029, mas ele leva em conta o fim da guerra para permanecer na Ucrânia. “Tenho em mente ficar aqui o máximo de tempo possível”, disse ele. “Tudo depende de como vai ficar a situação da guerra. É bastante difícil ficar longe da família. É torcer para que a guerra acabe logo para que eles possam estar junto comigo”.
Enquanto isso, o Shakhtar Donetsk continua a disputar a Liga dos Campeões, apesar das dificuldades. A equipe ucraniana acumula uma vitória, um empate e duas derrotas em quatro jogos disputados. A guerra pode ter afetado a vida de Pedrinho e do Shakhtar Donetsk, mas não os impediu de continuar a lutar e a sonhar com um futuro melhor.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores