Brahim Díaz, o meia-atacante do Real Madrid, surpreendeu muitos ao escolher defender a seleção marroquina em vez da seleção espanhola, apesar de ter nascido em Málaga, na costa sul da Espanha. Essa escolha não foi uma surpresa para todos, pois Díaz tem origens marroquinas através de seu pai, Sufiel, e sempre se sentiu ligado à cultura e às raízes africanas.
A escolha de Brahim Díaz
Díaz participou das categorias de base da seleção espanhola e até alcançou o time profissional, mas defendeu a Espanha pela última vez em 2021. Na equipe principal, ele chegou a ser relacionado para os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2021, mas não deixou o banco. Essa situação permitiu que ele pudesse escolher uma segunda equipe pela nacionalidade, já que o regulamento da Fifa assegura essa opção se o atleta não disputar uma partida oficial.
A primeira vez que o nome de Brahim apareceu na lista de convocados do Marrocos foi em março de 2024, depois de uma longa discussão pública sobre qual opção ele escolheria. Desde então, Díaz disputou dois amistosos com Marrocos e dois torneios qualificatórios, para a Copa do Mundo 2026 e para a Copa Africana das Nações. Ao todo, foram oito partidas, sete gols e duas assistências.
O sucesso de Brahim Díaz com o Marrocos
O grande destaque foi na mais recente competição, que valia vaga para a copa continental da África: Brahim foi artilheiro. Nas duas últimas rodadas, balançou as redes duas vezes contra o Gabão e fez um hat-trick contra o Lesoto. Essa performance impressionante ajudou o Marrocos a se classificar para a Copa Africana de Nações 2025 como líder do Grupo B.
Além disso, o Marrocos foi um dos primeiros a se classificar para a Copa Africana de Nações e vai sediar a 35ª edição do torneio continental, que será realizado entre dezembro de 2025 e janeiro de 2026 nas cidades de Agadir, Casablanca, Fez, Marraquexe, Rabat e Tânger. Com o reforço de Brahim, os marroquinos vão para a competição em busca do segundo troféu na Copa Africana e embalados pelo desempenho nas Eliminatórias, com seis vitórias em seis jogos.
A tendência de naturalização no Marrocos
A escolha de Brahim Díaz não é uma exceção no Marrocos. A tendência de naturalização é comum na equipe marroquina, com muitos atletas que têm dupla nacionalidade e priorizam as raízes africanas. Na Copa do Mundo de 2022, por exemplo, a equipe marroquina tinha o maior número de atletas que não nasceram no país da seleção: 14 no total. Em 2024, o número caiu para 11 jogadores por alguns jogadores que não foram convocados novamente.
Os mais recentes convocados pelo técnico Walid Regragui têm diferentes origens, mas a nacionalidade europeia é a grande maioria. Apenas o goleiro Bounou, do Al-Hilal, tem descendência fora da Europa. Isso mostra que a naturalização é uma estratégia comum no Marrocos para fortalecer a equipe e competir no cenário internacional.
O futuro do Marrocos com Brahim Díaz
Com a chegada de Brahim Díaz, o Marrocos tem um novo astro para liderar a equipe. A performance do meia-atacante no Real Madrid e na seleção marroquina mostra que ele tem o potencial para ser um dos principais jogadores da Copa Africana de Nações 2025. A combinação de habilidades e experiência de Díaz com a equipe marroquina pode ser a chave para o sucesso no torneio continental.
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