O Benfica amarga uma lanterna preocupante na fase de grupos da Liga dos Campeões 2025/26, acumulando quatro derrotas consecutivas. O revés mais recente ocorreu em casa, no Estádio da Luz, onde a equipe portuguesa foi superada pelo Bayer Leverkusen pelo placar de 1 a 0, em partida realizada na quarta-feira. O ataque benfiquista tem sido inoperante, marcando apenas dois gols até o momento. Apesar do cenário desolador, o técnico José Mourinho se recusa a jogar a toalha e mantém a esperança matemática de alcançar, no mínimo, os playoffs das oitavas de final. Ele considera que o placar apertado não reflete a dinâmica do confronto, vendo aspectos positivos na atuação de sua equipe.
A Análise de Mourinho: Entre a Derrota e a Otimismo Matemático
José Mourinho, mesmo diante de um resultado desfavorável, demonstrou um otimismo contagiante, enfatizando que ninguém conseguirá convencê-lo da eliminação precoce do Benfica. Em suas palavras, a matemática ainda oferece 12 pontos em disputa, dos quais a equipe precisa de nove para alimentar as esperanças de classificação. Essa perspectiva, aliada à performance demonstrada em campo, alimenta sua crença. O treinador português fez questão de ressaltar que sua visão difere da percepção geral, tanto da imprensa quanto dos torcedores, pois ele avalia o jogo sob diversas óticas, buscando elementos que justifiquem a persistência na competição.
Desempenho em Campo: Omissão no Placar, Crescimento na Atuação
O comandante português reconheceu a obviedade do resultado – a derrota – mas fez questão de aprofundar a análise sobre a qualidade técnica e tática apresentada por seus comandados. Mourinho destacou a forma como o time atacou, defendeu e construiu jogadas desde a retaguarda, culminando na criação de diversas oportunidades claras de gol. Segundo ele, em circunstâncias normais, o Benfica teria concretizado essas chances, balançado as redes adversárias e, consequentemente, saído vitorioso, sem sequer gerar grandes debates sobre o resultado. A percepção do técnico é que a equipe está em um processo de evolução, demonstrando um futebol cada vez mais coeso e eficaz, mesmo que o placar final não reflita essa melhora.
Estratégia e Esperança: Evitando Promessas Vazias
Com 62 anos, José Mourinho utilizou uma expressão popular portuguesa, “vender banha da cobra”, para explicar sua cautela em fazer promessas de classificação, visando evitar frustrações desnecessárias para a apaixonada torcida do Benfica. No entanto, ele fez questão de sublinhar o espírito de luta e entrega demonstrado pelos jogadores como um pilar fundamental para acreditar em uma reviravolta espetacular na competição. O treinador reiterou seu posicionamento: ninguém pode convencê-lo de que a equipe está fora da Liga dos Campeões. Embora não possa afirmar categoricamente a classificação, ele se apoia nos 12 pontos restantes e na evolução do desempenho em campo para manter viva a chama da esperança. Mourinho vislumbra os dois últimos jogos do ano civil como cruciais, projetando que duas vitórias consecutivas colocariam o Benfica em uma posição extremamente favorável para seguir adiante no torneio.
O Nível da Champions League e a Busca por Um Gol Vital
O técnico português enfatizou a exigência do mais alto nível do futebol europeu que a Liga dos Campeões representa. Ele observou que, apesar de o Bayer Leverkusen ter se apresentado de forma defensiva, com poucas iniciativas ofensivas, a equipe alemã demonstra um calibre técnico e físico impressionante. A entrada de Schick no meio do segundo tempo, um jogador com “capacidade física impressionante”, foi citada como um exemplo da qualidade do adversário, que conta com três zagueiros de alto valor e muita qualidade técnica. Mourinho comparou a partida com outros confrontos da temporada, mencionando que apenas contra o Newcastle sentiu uma real impossibilidade de reverter o quadro, algo que não ocorreu contra o Chelsea e, especialmente, nesta última partida contra os alemães, onde o placar se mostrou injusto com o esforço e a entrega da equipe. A lição, segundo ele, é manter o otimismo e replicar tudo o que foi feito de bom em campo, exceto, claro, a falta de gols.

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