A poucos meses do pontapé inicial do aguardado Mundial de Clubes de 2025, a FIFA enfrenta desafios cruciais fora dos gramados. As negociações com as autoridades fiscais dos Estados Unidos se mostram complexas, gerando incertezas sobre a isenção de impostos para os clubes participantes. Enquanto a entidade busca garantir condições financeiras justas, a premiação milionária e a expectativa de um torneio histórico impulsionam o interesse global. A disparidade nas alíquotas estaduais americanas adiciona uma camada extra de complexidade, com implicações diretas nos cofres dos clubes. A FIFA demonstra otimismo em resolver as pendências fiscais, enquanto a preparação para o torneio segue a todo vapor.
Desafios Fiscais e a Busca por Isenção
A realização do Mundial de Clubes de 2025 nos Estados Unidos apresenta um cenário fiscal complexo para a FIFA. A entidade máxima do futebol mundial está em negociações intensas com as autoridades americanas para assegurar a isenção de impostos para os clubes estrangeiros. Essa busca por isenção é crucial para garantir que as equipes não sejam oneradas por taxas que podem variar significativamente de estado para estado. A falta de um acordo claro pode impactar diretamente a receita dos clubes e a atratividade do torneio.
A Complexidade das Alíquotas Estaduais
Um dos principais obstáculos nas negociações da FIFA reside nas diferentes alíquotas de impostos estaduais nos Estados Unidos. Estados como a Flórida oferecem isenção de imposto de renda estadual, o que beneficiaria os clubes que jogarem em cidades como Miami e Orlando. No entanto, outros estados impõem taxas significativas, como Pensilvânia (3%), Atlanta (5,5%) e Califórnia (7%). Essa disparidade cria um cenário desigual, com alguns clubes potencialmente enfrentando custos fiscais mais altos do que outros, dependendo de onde jogarem suas partidas.
A Importância dos Acordos de Dupla Tributação
Além das alíquotas estaduais, a FIFA precisa lidar com a questão dos “tratados de dupla tributação”. Alguns estados americanos não reconhecem esses acordos, o que pode levar à tributação duplicada dos rendimentos dos clubes, tanto nos Estados Unidos quanto em seus países de origem. A FIFA está empenhada em resolver essa questão, buscando garantir que os clubes não sejam penalizados por essa dupla tributação. A resolução desse impasse é fundamental para criar um ambiente financeiro justo e transparente para todos os participantes do Mundial de Clubes.
Premiação Milionária e o Ativo Financeiro dos Clubes
Apesar dos desafios fiscais, o Mundial de Clubes de 2025 promete ser um evento financeiramente atrativo para os clubes. Cada clube brasileiro participante receberá 15,21 milhões de dólares (cerca de R$ 86 milhões) apenas pela participação. Adicionalmente, serão pagos 2 milhões de dólares por vitória na fase de grupos e 1 milhão de dólares por empate. Esses valores aumentam nas fases seguintes, tornando o torneio uma oportunidade significativa de receita para os clubes. Essa premiação robusta reforça a importância do Mundial de Clubes como um evento de prestígio e rentabilidade.
A Visita de Infantino e o Otimismo da FIFA
O presidente da FIFA, Gianni Infantino, tem se envolvido pessoalmente nas negociações fiscais, demonstrando a importância que a entidade dá à resolução desses problemas. Infantino se encontrou com Donald Trump em duas ocasiões e levou o troféu do Mundial de Clubes à Casa Branca. A FIFA, por meio de seus representantes, tem demonstrado otimismo em relação à obtenção da isenção de impostos. A entidade está confiante de que conseguirá resolver as pendências fiscais e garantir um ambiente financeiro favorável para o sucesso do torneio.

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