A investigação contra o atacante Bruno Henrique, do Flamengo, está em andamento após a Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro realizarem uma operação para apurar suspeitas de manipulação de resultados em jogos de futebol. O jogador é suspeito de ter tomado cartões para beneficiar apostadores que seriam seus parentes e amigos.
Os fatos da investigação
A operação da Polícia Federal e do Ministério Público do Rio de Janeiro foi realizada em várias localidades, incluindo a casa de Bruno Henrique, no condomínio de luxo na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Os policiais chegaram à casa do jogador por volta das 6h e realizaram uma busca e apreensão, levando consigo o computador e o celular do atacante.
Além da casa de Bruno Henrique, a Polícia Federal também realizou buscas no Ninho do Urubu, centro de treinamento do Flamengo, e na sede social do clube, na Gávea. Outros endereços em Belo Horizonte, Vespasiano, Lagoa Santa e Ribeirão das Neves também foram alvo da operação.
A reação do jogador e do clube
Bruno Henrique se sentiu incomodado e abalado pela forma como foi tratado durante a busca e apreensão. O jogador estava em casa com a esposa, Giselle Ramalho, os dois filhos e dois funcionários. Após a operação, o atacante se reuniu com o departamento de futebol do Flamengo e pediu para ir ao jogo contra o Cruzeiro, na quarta-feira.
O Flamengo emitiu uma nota informando que apoiará as autoridades e reforçou a confiança no jogador. A diretoria do clube decidiu não afastar Bruno Henrique.
As pessoas envolvidas na investigação
Além de Bruno Henrique, a Polícia Federal também está investigando parentes do jogador, incluindo o irmão, Wander Nunes Pinto Junior; a cunhada, Ludymilla Araujo Lima; e a prima, Poliana Ester Nunes Cardoso. Outras pessoas também estão sendo investigadas, incluindo ex-jogadores e jogadores amadores de futebol.
As apostas suspeitas
A investigação apurou que as apostas em cartões de Bruno Henrique eram altas. O relatório da IBIA informa que as “odds” para o jogador receber um cartão eram de 3,10 – o que significa que, a cada R$ 1 apostado, o apostador receberia R$ 3,10 caso o resultado acontecesse. Os valores das apostas identificadas pela Polícia Federal corroboram essas estimativas.
Os valores das apostas identificadas incluem R$ 3.050,00 para ganhar R$ 9.150,00 (lucro de R$ 6.100,00), R$ 2.300,00 para ganhar R$ 7.000,00 (lucro de R$ 4.700,00) e R$ 1.500,00 para ganhar R$ 4.550,00 (lucro de R$ 3.050,00).
O futuro da investigação
A investigação contra Bruno Henrique está em andamento e é provável que haja novos desenvolvimentos nos próximos dias. A Polícia Federal e o Ministério Público do Rio de Janeiro estão trabalhando para apurar os fatos e determinar se houve manipulação de resultados em jogos de futebol.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores