Os principais fatos envolvendo o Vasco da Gama e a A-CAP, a seguradora americana que herdou os ativos da 777 Partners, começam a se desenrolar. A suspensão da ação na Justiça e da arbitragem termina na quinta-feira, sem expectativa de renovação e sem acordo de venda entre as partes. Além disso, o banco BTG Pactual fez uma sondagem à A-CAP por parte das ações da SAF do Vasco, correspondentes a 31% do total, por US$ 30 milhões. O clube não foi informado da possibilidade da operação com o BTG, o que gerou insatisfação entre os dirigentes.
A Situação Atual
A divisão de ações da SAF vascaína é atualmente a seguinte: 30% pertencem ao clube associativo, 31% pertencem à 777 e 39% estão em discussão na arbitragem. A negociação entre o BTG e a A-CAP correu em paralelo à aproximação do clube com o BTG para empréstimo e preparação de entrada na recuperação judicial. No entanto, a diretoria do Vasco se incomodou quando soube da negociação entre BTG e A-CAP, pois entende que é preciso haver alinhamento com o novo comprador para não se repetir o modelo da 777.
O Papel do BTG Pactual
O BTG Pactual é um parceiro de outras operações no futebol brasileiro e não demonstra interesse em ser controlador da SAF do Vasco nem de outros times. A intenção era casar a operação de compra das ações da A-CAP com o saneamento das dívidas do Vasco no processo de recuperação judicial, que daria um “alívio” com alongamento dos acordos. No entanto, as duas operações – o empréstimo ao clube e a compra de ações da A-CAP – só vão avançar se houver mudança nos termos das propostas.
A Prorrogação da Suspensão
O acordo entre Vasco e A-CAP para suspensão da ação na Justiça e da arbitragem foi homologado na Justiça em 31 de julho, mas o protocolo é do dia 24 daquele mês. Com o fim do prazo de três meses se aproximando, Vasco e A-CAP praticamente descartam a prorrogação da suspensão, pois o acordo de venda das ações da SAF vascaína está muito distante.
O Caso da Leadenhall
Para ocorrer a venda de ações, além da necessidade de acordo entre Vasco e A-CAP, ainda há o caso da Leadenhall na Justiça americana. A liminar de 8 de julho mostra que a Leadenhall tem poder de limitar os réus – 777 e A-CAP – de se desfazerem dos ativos. No entanto, entre eles não está a empresa do grupo que controla os clubes de futebol, fato que deixa o Vasco seguro de possível operação de venda da SAF.
O Futuro do Vasco da Gama
O futuro do Vasco da Gama está incerto, com a suspensão da ação na Justiça e da arbitragem terminando sem expectativa de renovação e sem acordo de venda entre as partes. A diretoria do clube precisa encontrar uma solução para as dívidas e para a venda da SAF, para que o clube possa seguir em frente. A partir de agora, a volta da arbitragem promete ser um novo capítulo de um litígio que parece longe do fim.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores