Investigação sobre o uso de laranjas na intermediação do contrato de patrocínio entre o Corinthians e a VaideBet continua a gerar polêmica. A Polícia Civil de São Paulo solicitou esclarecimentos ao clube em relação a dois pontos específicos da investigação.
Recebimento de pagamentos por intermediadoras não autorizadas
O principal questionamento refere-se ao recebimento de R$ 56 milhões em pagamentos do contrato por três intermediadoras: Otsafe – Intermediação de Negócios; e dois CNPJs diferentes da Pagfast EFX Facilitadora de Pagamentos. No contrato, a VaideBet era autorizada a utilizar como intermediadoras de pagamento a Zelu Brasil ou Pay Brokers, alvos da Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco. A casa de apostas transferiu R$ 10 milhões ao clube via Pay Brokers.
Segundo as autoridades, se a antiga patrocinadora utilizasse intermediadoras de pagamentos diferentes, a empresa deveria pedir autorização por escrito e contar com aprovação prévia do Corinthians. No entanto, até o momento, nenhuma comprovação deste fato chegou às autoridades, que cobram uma posição do clube.
Contato com Luís Ricardo Alves, o Seedorf
O documento assinado pelo delegado Tiago Fernando Correia também solicita o contato de Luís Ricardo Alves, o Seedorf, superintendente financeiro da atual gestão Augusto Melo. Seedorf prestou depoimento no início de setembro, porém a conversa com as autoridades foi interrompida. Segundo o ofício de quarta-feira, porque “seu advogado, na ocasião, lhe queria direcionar as respostas”.
A investigação sobre o uso de laranjas na intermediação do contrato entre o Corinthians e a VaideBet se encontra em andamento desde maio, pouco depois do início da suspeita sobre a participação de um laranja na intermediação do contrato entre clube e patrocinadora.
Contexto da investigação
A Operação Integration da Polícia Civil de Pernambuco apontou que a VaideBet utilizou laranjas para lavar dinheiro e pagar propinas a funcionários públicos. A investigação também revelou que a empresa utilizou intermediadoras de pagamento não autorizadas para transferir dinheiro ao Corinthians.
A Polícia Civil de São Paulo está investigando se o Corinthians teve conhecimento ou participação na utilização dessas intermediadoras não autorizadas. A resposta do clube aos questionamentos das autoridades será fundamental para esclarecer os fatos e determinar se houve alguma irregularidade.
Importância da transparência
A transparência é fundamental em casos como esse, onde há suspeita de irregularidades financeiras. A resposta do Corinthians aos questionamentos das autoridades será importante para esclarecer os fatos e determinar se houve alguma irregularidade.
A investigação sobre o uso de laranjas na intermediação do contrato entre o Corinthians e a VaideBet é um exemplo de como a transparência e a responsabilidade são fundamentais em casos de negócios e finanças. A resposta do clube aos questionamentos das autoridades será crucial para determinar se houve alguma irregularidade e se medidas devem ser tomadas para evitar que casos semelhantes ocorram no futuro.
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