A janela de transferências do meio do ano do Vasco foi marcada por grandes expectativas e frustrações. O clube começou com a repatriação de Philippe Coutinho, um dos nomes mais emblemáticos da história do clube, e terminou com a busca infrutífera por um zagueiro que pudesse resolver a principal carência do elenco.
Mudanças na gestão e prioridades
A partir da saída da 777 Partners, o Vasco passou a ter dificuldades financeiras e precisou adotar uma política de responsabilidade orçamentária. A nova gestão, liderada por Pedrinho, priorizou a contratação de jogadores que não apenas melhorassem o time em campo, mas também contribuíssem para o ambiente no vestiário. A ideia era criar um “DNA vascaíno” que se refletisse na equipe.
Com essa visão, o Vasco trouxe de volta Alex Teixeira e Souza, sugeridos por Coutinho. Essas contratações foram vistas como positivas para o elenco, pois ambos os jogadores tinham perfis de liderança e identificação com o clube. Além disso, a chegada de Emerson Rodríguez, um atacante de lado, foi vista como um reforço importante para o time.
Enxugando a folha salarial
No entanto, o Vasco precisava reduzir sua folha salarial para ter espaço para novas contratações. A gestão atual entende que as contratações da primeira janela de 2024 foram as principais responsáveis pelo aumento da folha salarial. Para resolver isso, o clube negociou as saídas de Zé Gabriel, Serginho e Clayton, que tinham salários altos e pouco contribuíam para o time.
O caso de Clayton foi particularmente significativo, pois o atacante havia sido contratado por R$ 18 milhões e tinha um salário cerca de 800% maior no Vasco do que em Portugal. A negociação da sua saída foi feita por Alexandre Mattos.
Últimos reforços e frustração por zagueiro
Com a folha salarial reduzida, o Vasco pôde investir em novos jogadores. O atacante Jean David foi contratado para atuar na ponta-esquerda, e o suíço Maxime Dominguez foi trazido para reforçar a meia-direita. No entanto, a busca por um zagueiro titular foi frustrada.
O clube tentou contratar vários jogadores, incluindo Pepe, Mina, Rafael Tolói e Luan Peres, mas não conseguiu fechar nenhum negócio. A opção mais promissora foi Glavinovich, do Newell’s Old Boys, mas a documentação não chegou a tempo, e o zagueiro argentino não foi contratado.
Desafios futuros
O Vasco só poderá contratar jogadores sem contrato com algum clube a partir de agora. Isso significa que a busca por um zagueiro titular continuará, mas com limitações. A equipe precisará encontrar soluções internas ou buscar jogadores que estejam disponíveis no mercado.
Com a janela de transferências fechada, o Vasco precisa se concentrar em melhorar seu desempenho em campo e alcançar seus objetivos na temporada. A busca por um zagueiro titular continuará, mas a equipe precisará encontrar outras maneiras de resolver suas carências e melhorar sua posição na tabela.
Escritor especializado em cobrir notícias sobre o mundo do futebol. Apaixonado por contar as histórias por trás dos jogos e dos jogadores