A pressão máxima paira sobre a Vila Belmiro neste domingo, 7, quando o Santos encara o Cruzeiro em um confronto que pode selar sua permanência na elite do futebol brasileiro. Com a torcida mobilizada e a expectativa de casa cheia, o objetivo é claro: a vitória. Contudo, o técnico Juan Pablo Vojvoda terá que lidar com desfalques cruciais que impactam diretamente a escalação e o planejamento tático para esta partida de altíssima importância.
Ausências Estratégicas no Meio-Campo e Ataque
A principal dor de cabeça para o comandante argentino reside nas ausências de Zé Rafael e Lautaro Díaz. Zé Rafael, peça fundamental no esquema tático, estará fora devido a suspensão pelo acúmulo de três cartões amarelos. Sua ausência mexe com a estrutura do meio-campo santista, que vinha contando com uma formação sólida e entrosada. A saída de Zé Rafael abre uma lacuna que Vojvoda precisará preencher com jogadores que consigam manter a competitividade e o equilíbrio da equipe.
Por outro lado, Lautaro Díaz, reforço que chegou em setembro com a missão de agregar poder ofensivo, não poderá sequer ser relacionado para o embate contra o Cruzeiro. A situação se deve a uma cláusula contratual específica, já que o atacante pertence ao clube mineiro e está emprestado ao Santos até o final de 2025. Apesar de sua utilidade em campo, a regra o impede de participar deste jogo decisivo, representando uma perda significativa para o setor de ataque.
A Incerteza em Torno de Tiquinho Soares
A preocupação de Juan Pablo Vojvoda não se limita apenas aos desfalques por suspensão e questões contratuais. O departamento médico santista também está sob os holofotes devido à condição física de Tiquinho Soares. O atacante, que é uma referência no setor ofensivo, foi poupado na última partida contra o Juventude por sentir dores no joelho. A expectativa é de reavaliação médica para determinar sua disponibilidade para o confronto contra o Cruzeiro.
A presença de Tiquinho Soares é vital para a estratégia do Peixe. Sua capacidade de reter a bola no ataque, servir como pivô e finalizar as jogadas é um diferencial que Vojvoda tem valorizado desde que assumiu o comando da equipe. Caso ele não esteja apto a jogar, o Santos perderá não apenas sua referência mais direta no ataque, mas também uma peça chave na construção das jogadas e na manutenção da posse de bola em zonas de perigo. A tentativa do atleta de se colocar à disposição demonstra o peso que ele atribui a esta partida crucial para o futuro do clube.
O Caminho Autônomo para a Permanência
A matemática para o Santos se manter na Série A é clara e direta. Com projeções indicando um risco mínimo de rebaixamento, a dependência de outros resultados é mínima. Uma vitória simples contra o Cruzeiro, jogando em casa, no seu estádio, a Vila Belmiro, garante a permanência do clube na primeira divisão do futebol brasileiro, sem a necessidade de torcer contra adversários diretos. Essa autonomia é um alívio, mas não diminui a importância de buscar os três pontos.
Os adversários diretos pela permanência, como Sport e Juventude, já não têm mais chances de escapar da degola. No entanto, equipes como Internacional e Vitória ainda lutam bravamente contra o rebaixamento, assim como Ceará e Fortaleza. A classificação do Santos na rodada final reflete a recuperação da equipe sob o comando de Vojvoda. Em suas 17 partidas à frente do clube, o treinador acumula um retrospecto de 4 vitórias, 9 empates e 4 derrotas, mostrando uma capacidade de dar competitividade ao time, mesmo em meio a constantes mudanças.
Vojvoda e a Busca Incessante por um Padrão de Jogo
Um dos aspectos mais notáveis da gestão de Juan Pablo Vojvoda no Santos tem sido a sua dificuldade em manter uma escalação titular repetida. Essa tendência, que já se estende por 17 partidas, deve se manter para o 18º jogo consecutivo, evidenciando a constante busca do treinador por um encaixe tático ideal. A necessidade de improvisar e adaptar o time devido aos desfalques, sejam eles por suspensão, lesão ou cláusulas contratuais, torna o trabalho de Vojvoda ainda mais desafiador.
A escalação para o confronto contra o Cruzeiro deverá sofrer alterações significativas. Na vaga de Zé Rafael, nomes como Thaciano e Rollheiser surgem como opções para compor o meio-campo e o ataque. A decisão de Vojvoda sobre quem iniciará o jogo, e como ele reorganizará o setor ofensivo sem Lautaro Díaz, será crucial para o desempenho da equipe. A missão do treinador é encontrar um equilíbrio que mantenha a competitividade e a capacidade de buscar a vitória, garantindo assim o principal objetivo do clube para esta temporada: a permanência na Série A.

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